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4 abr 2012

Para o Sindivestuário, quem não repassar desoneração estará ‘morto’


SÃO PAULO – A decisão do governo de zerar a contribuição de 20% à Previdência Social que incide sobre a folha de pagamento, em troca de uma alíquota de 1% sobre o faturamento bruto das empresas de confecção, anunciada nesta terça-feira pelo Ministério da Fazenda, agradou aos representantes do setor. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário e Confecção do Estado de São Paulo (Sindivestuário), Ronald Masijah, a redução na tributação deverá ser repassada aos preços dos produtos.


Sem citar números, Masijah afirmou que a mudança não aumentará substancialmente a competitividade da indústria. Ela servirá, contudo, para dar fôlego às empresas. ?Não é isso que vai fazer o setor crescer mais no ano. Mas a diminuição de custo será repassada ao preço final. Isso é certeza, pois quem não fizer vai estar morto comercialmente. Primeiro pela concorrência interna, segundo pela competição com os chineses?, afirmou.


O setor de vestuário já havia feito troca de base tributária em janeiro, mas na época ela foi para 1,5% sobre o faturamento. O pedido feito pela indústria para a Fazenda, segundo Masijah, foi de 0,7%. ?Precisamos de redução forte na carga tributária. Se a desoneração fosse apenas da folha, sem contrapartida, estaríamos caminhando nesse sentido?, disse para depois elogiar a disposição do governo em abrir a discussão. ?A interlocução é boa, mas o problema é que o governo se arrepia inteiro quando se fala em diminuir a arrecadação.?


(Rodrigo Pedroso | Valor)