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26 jun 2012

Lixo e objetos mundanos ganham força como adereços da moda

Estilistas e chapeleiros usam brinquedos, peças incomuns e restos como matéria-prima para a alta costura.

A alta costura costuma ser sinônimo de tecidos caros e abundância, mas muitos estilistas têm atualmente buscado adereços populares para dar vida a suas roupas. É assim que brinquedos de plástico e bicicletas velhas acabaram sendo levadas às passarelas.

Um exemplo é a chapeleira indiana Shilpa Chavan, que transforma garrafas plásticas, brinquedos baratos e sandálias de borracha em matéria-prima para chapéus que atraem clientes como a cantora Lady Gaga. Mas, ao mesmo tempo em que vende luxo e extravagância, Chavan baseia seu trabalho em suas origens simples, dos mercados da cidade de Bangalore, e na nostalgia por objetos do dia a dia.

E essa abordagem não é incomum.

O chapeleiro britânico Stephen Jones já transformou pernas de bonecas Barbie em um chapéu, e o estilista Avsh Alom Gur incorporou lixo coletado nas ruas do leste de Londres em uma de suas coleções.

Mas como é que esses materiais despertaram o interesse da alta costura?

O segredo está em não enxergá-los como restos, mas sim como formas e cores, ou objetos que despertem emoções.

“Minha matéria-prima básica são os tecidos indianos. Uso muitos brinquedos no meu trabalho, (além de) pedras, vidros, galhos, penas, tudo”, disse Chavan. “Quando as pessoas do mundo da moda veem (o resultado), eles encaram como sendo moda. Quando as pessoas do mundo da arte veem, eles encaram como sendo arte.”

Luxo e lixo

Historicamente, a alta costura é luxuosa – usa seda nobre adornada com joias, seguindo a