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1 fev 2012

A Fiesp e as importações

Noticia-se que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) discutirá, a partir desta semana, o eventual apoio a uma paralisação geral dos trabalhadores contra as importações. Fará ela mal se assim proceder. 



De que se trata? Algumas centrais sindicais e sindicatos ? Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), e os sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo e de Mogi das Cruzes ? pretendem cruzar os braços e enviar um forte recado ao governo para impor barreiras às importações. 



Alegam as entidades que as importações estão promovendo a desindustrialização do País. Foi esse, aliás, o termo utilizado pelo senhor presidente da Fiesp ao encerrar encontro preparatório na Federação, quando afirmou que “todo o setor produtivo, empresários e trabalhadores, está de mãos dadas nessa briga para conter a desindustrialização da economia brasileira”. 



Até o próximo dia 6, representantes de trabalhadores e empresários deverão apresentar propostas concretas contra a “desindustrialização”. Faz sentido paralisar o País, mesmo que apenas por um dia, para brecar as importações? Que mal elas fazem e por que estão crescendo e “desindustrializando” o Brasil?



Em 2011, o País importou 256 bilhões de dólares. Desse total, 59,8% dos produtos importados foram classificados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como produtos industriais, seguindo a classificação da insuspeita Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). 



Dentre os produtos industriais importados, de acordo com a mesma classificação, 40,3% correspondem a produtos industriais de baixa tecnologia, com destaque para a