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19 mar 2014

Sindivestuário reúne-se com diretoria da Secretaria da Fazenda de SP para discutir ICMS

Os Presidentes do Sindivest, Ronald Masijah, e do Sindiroupas, Antônio Valter Trombeta, sindicatos que compõem o Sindivestuário, estiveram reunidos com os diretores da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, srs. Roberto Carlos Maziero e Afonso Serrano, no último dia 18 de março, em mais uma ação de defesa, em prol da Indústria do Vestuário Paulista.

Na pauta, três principais reivindicações do setor:

–  ampliação do prazo para o pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos atuais 45 dias para pelo menos 120 dias;

– disponibilização de crédito presumido para o varejo se abastecer nas indústrias paulistas;

– disponibilização de linhas de crédito para que as indústrias do vestuário paulistas possam se abastecer em seus insumos básicos, no Estado de São Paulo.

No inicio da reunião, o presidente do Sindivestuário, Ronald  Masijah surpreendeu a todos os presentes ao colocar sobre a mesa um pote. Ao abri-lo explicou tratar-se de areia (movediça), na qual o setor têxtil e vestuário estão perigosamente inseridos, e explicou:

“Estamos numa grande área de areia movediça, a ponto de afundarmos  todos,  empresas e  empregos do setor, se nada for feito para conter a avalanche de roupas chinesas que invadiram as lojas, os magazines e o varejo em geral”, alertou.

Segundo informações dos presidentes Ronald Masijah e Antônio Trombeta, “a indústria nacional têxtil e de vestuário enfrenta um momento difícil e, ao que tudo indica, esse cenário não deve melhorar em 2014, quando o setor pode amargar uma queda de 6% a 7% na produção e na receita, segundo projeções feitas pelo Departamento de Economia do Sindivestuário, coordenado pelo Economista Haroldo Silva.

“Em 2014, o segmento tem três agravantes: carnaval, Copa do Mundo e eleições. O varejo só  iniciou suas compras agora, após o carnaval. Já a Copa deve beneficiar os itens importados, enquanto a eleição pode atrapalhar o mercado”, explica o presidente da Sindiroupas, Antonio Trombeta.

Neste ano, de acordo com do Sindivestuário, a indústria nacional têxtil e de vestuário deve registrar uma queda de 3% na produção e também na receita, em comparação com o mesmo período de 2012. Dessa maneira, o faturamento do segmento chegaria à casa dos R$ 56,6 bilhões em 2013.

A preocupação dos empresários do setor é maior quando se projeta 15% de retração na produção e no faturamento. “A diferença entre a taxa nacional e a regional pode ser explicado pela migração de algumas empresas para outros estados do País, capazes de oferecer cargas tributárias melhores, o que contribui para o aumento de competitividade”, disse Ronald Masijah.

Segundo a entidade, outro fator que chama a atenção é o déficit de US$ 5 bilhões na aumentar. “O déficit pode chegar a US$ 6 ou US$ 6,5 bilhões em 2014, se fizermos uma projeção conservadora”, reforça Antonio Trombeta.

Pleito

Para devolver competitividade às indústrias paulistas da área de confecção, a Sindivestuário foi cobrar do governo do Estado de São Paulo, estudo entregue no final do ano passado, que aponta os altos custos do setor com mão de obra, o que torna mais caro o produto final.

Para amenizar o problema, a entidade propõe a criação de um crédito presumido, capaz de diminuir os custos anuais das empresas na área tributária. “Entregamos o estudo e agora estamos esperando uma resposta do governo. Acreditamos que a partir de agora essa questão seja melhor avaliada. Isso ajudará as indústrias de confecção do estado de São Paulo”, disse Masijah.

Participaram da reunião os diretores da  Secretaria da Fazenda, Roberto Carlos Maziero e Afonso Serrano; o Deputado Estadual, Chico Sardelli; Diretor-Executivo do Sindivestuário, Camilo Sotelo; Ede Villanassi, do Sinditec; Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil; Miguel Elias Haddad, do Simmesp; Osvaldo de Oliveira, Sinditêxtil; .e Haroldo Silva, Sinditêxtil/Sindivestuário.

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