Objetivo é recuperar competitividade da indústria têxtil e do vestuário brasileira

Os presidentes do Sindiroupas, Heitor Alves Filho, e do Sindivest, Ronald Masijah (sindicatos que compõem o Sindivestuário), participaram ativamente do lançamento oficial da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil, realizada na semana passada, em Brasília. A ação foi promovida pela ABIT ? Associação Brasileira da Indústria Têxtil.

A Frente, liderada  pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), vai priorizar ações por medidas que aumentem a concorrência da indústria têxtil e do vestuário nacional em relação à chinesa.

Os industriais do setor defendem mudanças nas áreas tributária e trabalhista, como desoneração de investimentos e exportações, e desoneração da folha de pagamentos ? respectivamente — como formas de recuperar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados interno e externo frente os produtos oriundos dos países da Ásia, notadamente a China.

?Medidas de proteção econômica são comuns em vários países e o Brasil também precisa adotar ações para assegurar a capacidade de concorrência de seu parque industrial, disse o deputado Fontana.

?O Brasil não pode se tornar um país que exporte preferencialmente commodities e outros produtos in natura. Ele tem que exportar e produzir cada vez mais produtos com valor agregado”, completou o deputado.

Para este ano, está previsto um saldo negativo entre compras e vendas externas no setor têxtil de US$ 6 bilhões. O Brasil, que há 5 anos tinha um superávit na sua balança de produtos têxteis de US$ 500 milhões, em 2010 teve um déficit de US$ 3 bilhões, informam números apresentados pela ABIT.

O presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, explicou que os produtos chineses têm preços inferiores porque são submetidos a uma carga tributária muito menor do que os brasileiros e utilizam mão-de-obra mais barata.