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13 abr 2011

Casos recentes reacendem polêmica de anorexia na moda

A magreza excessiva e a anorexia são problemas que sempre rondam o mundo da moda. Nas últimas semanas, a polêmica voltou à tona quando o jornal inglês ?Daily Mail? questionou a suposta perda de peso excessiva da modelo Candice Swanepoel, nas fotos do lançamento da linha de moda praia da grife de lingerie Victoria?s Secret. O jornal ainda comparou imagens da modelo na passarela do último desfile da marca e as recentemente publicadas, com uma diferença visível.


Segundo o site ?E! Online?, com a perda de medidas, Candice também pode perder seu posto no time das ?angels? (modelos da grife Victoria?s Secrets, conhecidas por exibirem corpos curvilíneos). A top nega sofrer qualquer distúrbio alimentar. ?Sou saudável e feliz. Fico comovida ao saber que as pessoas se preocupam comigo, mas está tudo normal e bem?, declarou por meio de sua assessoria de imprensa. “Meu problema é ganhar,  e não perder peso. Viajo muito e acabo ficando magra demais quando estou muito ocupada”, disse em entrevista à revista ?People?.

 

Há alguns meses, antes de seu peso virar tema de discussão, a modelo havia revelado ao site ?Hollyscoop? que não faz dietas especiais. ?Stress e muitas viagens cuidam da minha dieta por mim. E malho muito também, sou obcecada?.

 

Para apimentar o assunto, alguns dias depois (a polêmica sobre a “angel” foi publicada no dia 31/3), a modelo Nicola McLean confessou à revista norte-americana ?OK!? que sofre de anorexia. “Passo longos períodos sem comer. Não vou me deixar ficar doente, mas eu não comeria todos os dias de jeito nenhum. Eu sei que não estou sendo saudável, mas enquanto eu não quiser ganhar peso eu não vou ganhar peso”, declarou.

 


Sem intenções de mudar seus hábitos, a modelo reconheceu que muitas vezes passa um dia todo sem comer, apenas bebendo refrigerante sem açúcar e conta que começou a sentir esta maior preocupação com seu peso após ter o primeiro filho, em março de 2010.

 

TWIGGY E KATE MOSS

 

Nem sempre o corpo magro foi preocupação entre as mulheres. Décadas atrás, modelos costumavam apresentar corpos “mais cheiinhos”. Foi Twiggy, nos anos 1960, quem transformou a magreza em padrão de beleza na moda. Na década de 1990, Kate Moss obteve o auge de sua carreira com uma beleza que contradizia a imagem atlética das supermodelos que passaram a dominar o mercado, como Cindy Crawford e Claudia Schiffer, e confirmou esta estética que é vista no mundo da moda até hoje. Kate Moss causou controvérsias por sua aparência e já foi acusada de incentivar a anorexia.

 

?Eu nunca fui anoréxica?, disse Kate em entrevista à revista ?Interview?, em 2008. ?Quando estava em desfiles e viajando de classe econômica, não me davam o que comer. Hospedavam-me em hotéis baratos e, quando eu voltava de meus trabalhos, já não havia mais serviço de quarto. Fiquei sem comer por um longo período, mas não de propósito. Nos desfiles, nunca havia comida nos camarins e, como eu trabalhava muito, acabava esquecendo de me alimentar. Eu nunca gostei de ser magra?, disse. 

 

Este padrão de beleza magérrimo, estabelecido já há décadas, causa controvérsia até os dias de hoje. Na edição do Inverno 2010 do São Paulo Fashion Week, em janeiro do ano passado, uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo gerou outra grande discussão em torno da magreza excessiva vista nas passarelas. Uma foto da modelo brasileira Al