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29 jun 2012

Projeto ?Retalho Fashion?: reciclagem e inclusão social

As entidades representantes da
Cadeia Produtiva Têxtil e do Vestuário de 
São Paulo, Sinditêxtil, Sindivestuário, CDL do Bom Retiro e ABIT
lançaram o Projeto “Retalho Fashion”, no Senai Vestuário, dia 27 de
julho, em São Paulo. O projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de São
Paulo e do Governo do Estado.

Na
programação, duas palestras: ?Política Nacional dos resíduos sólidos e suas
implicações para a cadeia têxtil nacional a curto e longo prazo?, ministrada
pelo diretor de Meio Ambiente da Fiesp, Eduardo San Martin; e ?Retalho Fashion:
inclusão social e preservação ambiental por meio da reciclagem de resíduos
têxteis?, pelo engenheiro têxtil  Sylvio
Napoli, coordenador do departamento de Infraestrutura e Tecnologia  do Sinditêxtil.

Segundo os organizadores do
evento, o projeto visa aproveitar o descarte dos resíduos produzidos pelas confecções
do bairro do Bom Retiro, um dos polos confeccionista do Estado, repassando às
empresas de reciclagem.  Além do
aproveitamento desse enorme volume de retalhos, profissionais serão treinados e
capacitados para execução desta tarefa. ?É uma forma de o setor gerar emprego e
renda a esses trabalhadores?, explica Haroldo Silva, diretor executivo do
Sindivestuário.

Hoje,
quem passa aos finais das tarde no bairro do Bom Retiro se depara com montanhas
de trapos espalhados pelas calçadas. É que cada confeccionista acaba jogando em
frente seus próprios estabelecimentos o que sobrou após um dia de trabalho.
?Com o Retalho Fashion esperamos dar um fim 
toda essa poluição?, comentou executivo do Sindivestuário

Segundo o
engenheiro Eduardo San Martin, no ano passado o Brasil importou 13.477
toneladas retalhos de tecidos, que se comercializado gerariam um montante de
aproximadamente R$ 25 milhões.

O
engenheiro Silvio Napoli informa que somente no bairro do Bom Retiro  funcionam cerca de 1500 confecções, que
produze e descartam nas calçadas mais de 10 toneladas de trapos e retalhos
todos os dias.

?O que é
pior em tudo isso?, explica o presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Bonduki, ?é
que embora o Brasil seja o 4º maior produtor de algodão do mundo ainda vemos
importações de retalhos de tecidos utilizados por confecções brasileiras. Não é
possível um negócio deste?.