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28 jun 2012

Muita variedade e preços baixos são os atrativos

Os brasileiros são figuras carimbadas em outlets dos Estados Unidos. Com a valorização do real e o crescimento do poder aquisitivo, aproveitar uma visita ao país para fazer compras é um roteiro quase que obrigatório para muitos deles. Agente de viagem em Araraquara (SP) há 15 anos, Ana Maria Valentim é uma das que não perdem a oportunidade de dar uma esticada a um desses tipos de shopping centers.

Apesar da profissão, as visitas de Ana Maria aos outlets americanos aconteceram durante viagens realizadas a passeio, acompanhada de familiares. A última delas ocorreu em março e a impressão é sempre muito positiva. “As lojas são muito grandes, o acesso é fácil e dá para comprar qualquer tipo de produto”, comenta. Com a experiência de quem já esteve “umas cinco vezes em outlets de Miami, Orlando e Nova York”, ela recomenda ir às compras somente após as 17 horas, quando o fluxo de pessoas, embora ainda intenso, é bem menor.

Para quem já teve a oportunidade de conhecer outlets no exterior a comparação com o único que existe no Brasil até o momento é inevitável. A avaliação de Ana Maria é que o Outlet Premium São Paulo, embora bem menor, também é muito interessante. “Achei as lojas muito boas. As peças não têm diferença nenhuma em relação às que são vendidas lá fora e uma das vantagens é que você poder fazer a compra parcelada no cartão de crédito, o que não é possível no exterior”, afirma.

A agente de viagem chamou a atenção ainda para a área de alimentação, o estacionamento e a localização geográfica. O Outlet Premium São Paulo fica no município de Itupeva (SP), à altura do quilômetros 72 da Rodovia dos Bandeirantes, bem próximo do Shopping Serra Azul e dos parques temáticos Hopi Hari e Wet’n Wild. Desde que foi inaugurado, há três anos, recebeu um público estimado em 5 milhões de pessoas por ano, em média. Ana Maria, por exemplo, já visitou o outlet paulista pelo menos dez vezes.

Entretanto, Ana Maria observa que algumas mudanças são necessárias para melhorar o outlet paulista, como a construção de mais sanitários, “para evitar filas” e a instalação de mais lojas. O portfólio de oferta também poderia ser mais diversificado. Além de produtos eletrônicos e conjuntos esportivos, que têm grande demanda, faltam farmácias que comercializam vitaminas, cálcio e aspirina importados, exemplifica.

O ideal mesmo, de acordo com ela, seria a construção de outros outlets em São Paulo, principalmente na região entre os municípios de São Carlos e Araraquara. Na cidade onde ela vive existem apenas dois shopping centers, que são de pequeno e médio portes. As opções para quem deseja fazer compras são a capital paulista ou a cidade de Ribeirão Preto, que fica a aproximadamente uma hora de carro. “Lá os shoppings são grandes e ficam intransitáveis nos fins de semana por causa da quantidade de gente”, destaca. (IC)

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