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7 dez 2012

Para o IBGE, poucos setores concentram alta da produção industrial

O avanço de 0,9% na produção industrial em outubro, na comparação com setembro, descontados os efeitos sazonais, deve ser relativizado, afirmou André Luiz Macedo, gerente da coordenação da indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao comentar os dados da Pesquisa Industrial Mensal ? Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira.

?São 13 atividades em crescimento e 14 setores com resultados negativos. O crescimento de 0,9% da indústria geral não é generalizado, portanto. Há um equilíbrio entre taxas positivas e negativas?, disse Macedo.

Dos 27 ramos investigados pela PIM-PF 13 cresceram entre setembro e outubro, feitos os ajustes sazonais. Destaque para os avanços de equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (22,8%); indústrias extrativas (8,6%); máquinas e equipamentos (6,3%); veículos automotores (3,7%); e metalurgia básica (2,6%).

Na mesma base de comparação, 14 atividades tiveram redução na produção, entre as quais máquinas para escritório e equipamentos de informática (-6,6%); fumo (-6,2%); indústria farmacêutica (-5,2%); e vestuário e acessórios (-4,9%).

?Analisando por atividades há predominância de resultados negativos. É um crescimento muito concentrado, diferentemente de agosto?, afirmou Macedo.

Em agosto, em relação a julho, a indústria geral subiu 1,5%, com 20 dos 27 setores acompanhados pela PIM-PF apresentando crescimento. Em setembro a produção recuou 0,6%.

Apesar de ainda fraca, a produção industrial cresceu em quatro dos últimos cinco meses, período em que acumulou alta de 2,3%. ?Nos últimos cinco meses há um predomínio de taxas positivas, diferentemente do início do ano, quando as taxas eram negativas. Basicamente esses números indicam que estamos operando no mesmo patamar de dezembro do ano passado. O dado positivo é que a indústria recuperou as baixas do início do ano?, afirmou Macedo. No acumulado de janeiro a maio a indústria geral caiu 2,2%.

Apesar da mudança de sinal nas taxas da indústria entre os períodos janeiro-maio e junho-outubro, a conjuntura industrial continua ?semelhante?, destaca Macedo. O setor segue impactado por dificuldades na exportação, competição de importados, problemas em grandes mercados para os produtos brasileiros, como China e Argentina, endividamento das famílias e inadimplência. ?Na conjuntura industrial a diferença é que o setor está com estoque menos elevado e a confiança do empresário está melhorando, mas em ritmo lento.?

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