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14 set 2012

Governo amplia desoneração da folha

BRASÍLIA – O governo anuncia nessa quinta-feira a ampliação do programa de desoneração da folha de pagamentos, incluindo 20 novos setores econômicos no rol de indústrias que substituirá a contribuição patronal de 20% sobre o custo dos salários por uma alíquota de até 2% sobre o faturamento. O Estado apurou que as empresas aéreas serão beneficiadas, tanto no transporte de cargas quanto de passageiros.

A medida se insere no esforço do Palácio do Planalto para elevar a competitividade da economia brasileira. Ao cortar encargos que encarecem a contratação de funcionários, a desoneração da folha estimula o emprego e pode baratear produtos de indústrias que usam muita mão de obra. A ampliação do programa foi discutida nos últimos dias por técnicos do Ministério da Fazenda com representantes dos setores.

Para convencer a equipe do ministro Guido Mantega foi necessário comprovar que a redução do imposto não seria absorvida como margem de lucro pelas empresas. Outro critério usado pela Fazenda foi a indicação de que não haveria demissões e que a medida seria bem recebida por todas as companhias do setor analisado.

O objetivo era evitar a saia justa criada no ano passado, quando o setor de móveis pediu para ser excluído do programa, porque o novo modelo resultaria em aumento da carga tributária para algumas empresas que usam máquinas.

Ampliação

A desoneração da folha teve início em agosto do ano passado, mas somente para os setores de couro e calçados, confecções, call centers e software. Em abril deste ano, o governo elevou para 15 o total de setores beneficiados, por meio da medida provisória 563. O custo anual da desoneração para os cofres públicos chegava a R$ 7,2 bilhões.

Durante a tramitação da medida provisória no Congresso, foram incluídos os setores de transporte urbano, aéreo e marítimo de cargas e passageiros, manutenção de aeronaves, brinquedos, criadores de galinha, e produtores de carne suína, inclusive congelada, e carnes secas, entre outros. O governo sinalizou que manterá a maioria deles no programa, mas não se revela a que custo.

No caso das companhias aéreas, ficou acertado que os 20% de contribuição patronal seriam substituídos por um tributo de 1% sobre o faturamento das empresas.