O Fashion Rio começou, depois é a vez da São Paulo Fashion Week, entre 11 e 16 de junho, e nada de Carlos Tufvesson no line-up dos dois principais eventos de moda do País. O estilista, famoso por vestir celebridades cariocas e também por sua militância gay, está usando com mais rigor um outro tipo de figurino: o de político. Pré-candidato a vereador do Rio de Janeiro, pelo mesmo partido do atual prefeito Eduardo Paes (PMDB), Tufvesson acabou de sair da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual e falou ao E+ sobre sua virada.

Por que você saiu da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio? Foi desavença pessoal, conflito de interesses ou homofobia?

Na Prefeitura do Rio, a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual é ligada ao gabinete do prefeito; portato, tem status de secretaria. Eu, como coordenador, era ordenador de despesa. Saí de maneira ética para poder analisar a probabilidade de uma candidatura a vereador. Não me sentiria à vontade de fazer isso estando no Executivo. 

Qual sua plataforma à Câmara Municipal? O que pretende fazer?

Sou pré-candidato. Sinceramente, não pensei que fosse me adaptar ao poder público, mas exatamente nessa data, há um ano, assinei a portaria do Bullying Homofóbico no Rio. Naquele dia, percebi a importância de estar lutando com toda a minha força, energia e idealismo (minha e de minha equipe) por dentro do poder público. Estou acostumado a protestar como militante e até meus desfiles sempre usei pra isso. Mas essa é uma outra etapa da minha vida. Hoje, senti a necessidade de agir também em prol da moda e do turismo. E não poderia por decreto na prefeitura agir nessas áreas. Daí veio o convite de quatro partidos pela candidatura. Convites que surgiram pela repercussão do nosso trabalho no programa RIO SEM PRECONCEITO, além do incentivo do próprio prefeito Eduardo Paes.