Topo
Sindivestuário / Matérias  / Em 10 anos, brasileiro vai gastar 55% mais
22 maio 2012

Em 10 anos, brasileiro vai gastar 55% mais

O Brasil é o quarto país que mais vai contribuir para o crescimento do consumo global entre 2010 e 2020, de acordo com o estudo “Riqueza e Gastos dos Consumidores”, elaborado pela consultoria americana A.T. Kearney a partir de dados da Euromonitor. A estimativa é que em 2020 a população mundial desembolse US$ 40 trilhões em produtos e serviços. O valor representa um acréscimo de gastos de US$ 12 trilhões em uma década, o dobro do verificado entre 2000 e 2010.


Segundo a pesquisa, o Brasil deve responder por 5% dessa injeção de consumo. Isso significa que o brasileiro vai gastar US$ 1,7 bilhão em 2020, tirando do bolso US$ 591,4 milhões ou 55% a mais do que dez anos antes. Nesse período, a categoria de gastos que mais vai crescer é a de comunicações (internet, telefonia, etc), com alta de 70%, seguida por educação, serviços médicos e transportes. Por outro lado, o consumidor não vai aumentar tanto os desembolsos com vestuário e calçados, cujo crescimento está estimado em apenas 25%


 Não é por acaso que tais tipos de despesas são os que mais devem crescer no Brasil. O estudo identificou quatro grupos de consumidores no mundo (básico, emergente, em ascensão e estabelecido), e o Brasil foi classificado como um país de consumidores emergentes. Nesse grupo, os alimentos e outros produtos básicos ainda impulsionam boa parte dos gastos, mas, conforme a renda aumenta, o mesmo ocorre com as despesas com produtos de cuidados pessoais, serviços de comunicação e educação.


“Os gastos com educação vão crescer muito mais que alguns produtos no Brasil nos próximos anos. O desenvolvimento das classes D e E passa pela educação, e a população brasileira sabe disso”, diz Pietro Gandolfi, diretor de prática de bens de consumo e varejo da A.T. Kearney no Brasil.


Como comparação, nos Estados Unidos – classificado como país de consumidores estabelecidos e de luxo, orientados para serviços – os gastos com comunicações também devem liderar o crescimento, avançando 59%, mas as despesas com educação devem aumentar apenas 35% no período (contra 62% no Brasil).