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22 jun 2011

Vestuário pleiteia Simples para próximos 30 anos, junto ao ministro Mantega.

Integrantes da Frente Parlamentar pela Defesa do Setor Têxtil e Vestuário foram recebidos hoje pelo ministro Guido Mantega. O propósito da audiência foi apresentar pleito para inserção de todas as empresas do setor de vestuário no programa nacional do Simples, de recolhimento de impostos, conhecido como Super Simples.

O propósito da audiência foi apresentar pleito para inserção de todas as empresas do setor de vestuário em um programa que tenha a logica do Simples, de recolhimento de impostos, conhecido como Super Simples e assim se estabeleça o fim do teto de faturamento para a inclusão das empresas do setor pelo prazo de 25 a 30 anos.

É a primeira vez que um pleito desse tipo é encaminhado no País. Caso seja aceita a proposta, entre 85% e 90% das indústrias do setor têxtil do País serão beneficiadas. A intenção é reforçar as condições de produção dos brasileiros, que sofrem com a concorrência de produtos importados (especialmente asiáticos), o custo-Brasil, a guerra fiscal entre os estados e a valorização cambial do Real.

Segundo o executivo do Sindivestuário, economista Haroldo Silva, a medida deve reduzir a disputa entre empresas enquadradas em regimes fiscais diferenciados, permitindo que o Brasil tenha grande empresas de producao de vestuario, por meio da economia de escala.
 Os dados do Sindivestuário apontam que 85% das fábricas de confecção e vestuário já se encontram enquadradas no Simples e 15% poderiam se integrar ao sistema tributário simplificado. 

A  indústria de vestuário está distribuída em praticamente todas as cidades brasileiras e se caracteriza por pequenas e médias unidades de produção. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de São Paulo (Sindivestuário), Ronald Masijah, o limite de faturamento do Simples impede que as fábricas tenham condições de atender às encomendas das grandes redes varejistas, que preferem concentrar seus pedidos em poucas empresas para facilitar a logística e o controle de qualidade. “Com isso, o varejo acaba precisando buscar outros países especialmente os asiáticos, para viabilizar seus volumes de produção”, explica.

Ronald Masijah diz que a medida deve ter também um impacto alto em geração de empregos. O segmento é o segundo maior empregador entre os diversos setores industriais, perdendo apenas para alimentação e bebidas. 

OK do ministro

Segundo o secretário do Ministério da Fazenda,  Nelson Barbosa, o ministro Mantega já teria acionado sua equipe técnica para “ter foco na desoneração do segmento com a lógica do Super Simples”. E, assim, dado um “OK” para o encaminhamento das discussões do pleito da Frente.

“Estamos todos muito otimistas”, concluiu Ronald Masijah, presidente do Sindivestuário ao final da audiência no Gabinete do Ministro Guido Mantega, na tarde de sexta-feira, em Brasília.