Topo
Sindivestuário / Associados  / Produção industrial cai 3,8% em agosto ante julho, releva IBGE
6 out 2016

Produção industrial cai 3,8% em agosto ante julho, releva IBGE

Após cinco altas seguidas, a produção industrial do mês de agosto teve recuo de 3,8% em relação a julho, de acordo com pesquisa do IBGE divulgada nesta terça-feira (4). A perda acumulada pelo setor nesses dois meses é de 14%.

Produz indicadores de produção física com o objetivo de fornecer, mensalmente, uma estimativa do movimento de curto prazo do produto real da indústria, tendo como unidade de coleta os estabelecimentos industriais selecionados. No acumulado do ano, houve queda de 8,0%, enquanto a taxa em 12 meses ficou negativa em 8,3%. Em mais meses, recua 9,3%, um pouco menos do que em julho (-9,6%) e junho (-9,8%). Porém, em relação ao primeiro trimestre de 2016, houve ligeira redução no volume de queda.

Na comparação com agosto de 2015, o resultado negativo atingiu três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 26 ramos.

De acordo com o IBGE, a indústria voltou, em agosto, a diminuir seu ritmo de produção, com disseminação de taxas negativas.

O pesquisador lembra que a demanda doméstica permanece afetada pela deterioração no mercado de trabalho – aumento da taxa de desocupação, número elevado de desocupados e queda na renda recebida – e pelo crédito caro, restrito e escasso. Todas essas características não sumiram de uma hora para outra. A categoria é a segunda a ter maior queda no ano, com recuo de 15,9%. No ano, a categoria é a que registra maior queda, ao recuar 20,2%. No caso dos alimentos, em especial o açúcar – explica Macedo. A produção de bens de consumo duráveis recuou 9,3%, a de bens intermediários caiu e 4,3% e a de bens semi e não duráveis declinou 0,9%.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a dinâmica é a mesma. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (-1,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,9%), de metalurgia (-1,7%), de máquinas e equipamentos (-1,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%). Mas, para esse mês particular teve um adicional, a paralisação de uma determinada empresa em função de um problema de fornecimento de matéria-prima. Já o recuo de 9,3% em bens de consumo duráveis foi o mais elevado desde junho de 2015, quando diminuiu 13,5%.

Além das duas áreas com crescimento, a pesquisa revelou uma atividade que se manteve estável no País durante o período analisado, que foi o setor de couro, artigos de viagem e calçados.

O setor caminha para acumular três anos seguidos de retração, quando consideradas as previsões para 2016.

Fonte: CentralXbox