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3 dez 2008

Novos padrões do Vestuário, por Maria Thereza Pugliesi

NOVOS PADRÕES DO VESTUÁRIO


Maria Thereza Pugliesi


 


A revista Costura Perfeita publicou uma matéria muito interessante sobre o assunto em questão, e por reiteradas vezes temos assistido a discussão sobre a obrigatoriedade da padronização de tamanhos, aliás, no nosso último informativo a matéria foi abordada para esclarecer que os padrões de medidas não são obrigatórios. Entretanto, vamos resumidamente reproduzir a matéria da jornalista Renata Martorelli, a seguir.


 


?Quem nunca entrou em uma loja de roupas e sentiu dificuldade em acertar o tamanho na hora de pedir para experimentar a peça? Diante disso, a ABNT/CB17 (Comitê de Normalização Têxtil e de Confecções da ABNT) iniciou o estudo de padrões de medidas na década de 1980, visando reunir tabelas usadas por confecções, magazines,etc, porém, percebeu certa dificuldade, já que cada uma delas atende um nicho de mercado e as proporções entre as medidas variam significativamente. Maria Adelina Pereira, gestora do ABNT/CB17 explica que as medidas de comprimento do Sul do Brasil são completamente diferentes das medidas do Nordeste, pois são etnias distintas , conseqüentemente, biótipos diferentes. A norma referencial da ABNT NBR 13377 ? Medidas Referenciais do Corpo Humano, foi homologada em 1995.


?Essa norma define, por exemplo, que para saias, calças, bermudas, shorts e similares a referência é a medida da cintura feminina. Sendo assim, uma calça 42 tem como referência a medida de cintura de 72 cm no corpo e não na roupa, pois o tecido pode ter elastano e a modelista considera essa elasticidade para que no corpo de cintura 72 cm a calça vista perfeitamente. Para esse mesmo corpo de cintura 72 cm numa calça de tecido Oxford 100% poliéster, que não possui tanta elasticidade quanto o tecido com elastano, a modelista não considerará o ajuste e poderá usar a medida da cintura do corpo diretamente na elaboração do molde. Desde 1999 há uma proposta da Abravest de um censo de medidas dos brasileiros por meio do body scanner, que evoluiu para ?levantamento antropométrico? e continua em discussão na esfera dos ministérios federais? explica Maria Adelina. O levantamento servirá de base não só para a indústria do vestuário, mas será interessante para avaliar a evolução da saúde dos brasileiros, das estaturas, orientar indicações de estatura em concursos, indicar medidas ideais em construções, postos de trabalho, dimensionar mobiliários, entre outros.


O processo é demorado, pois, segundo Maria Adelina, envolve muitos interesses. ?Há confecções que utilizam a mesma tabela de medidas há muito tempo e, para seu nicho de mercado, está atendendo plenam