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11 jul 2011

Mercado espera que política se cumpra com mais competitividade

O mercado aguarda a Política de Desenvolvimento Competitivo (PDC), pelo governo federal, com a expectativa de que as diretrizes traçadas para o período de 2012 a 2015 contemplem o enfrentamento dos problemas macroeconômicos do país e avancem na temática relacionada à inovação tecnológica.


A torcida é também para que sejam cumpridas as metas que ficaram pendentes na sua versão anterior, quando ainda se chamava Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Entre elas, Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Competitividade da Fundação Dom Cabral, cita o aumento das exportações e a ampliação dos gastos privados em pesquisa e desenvolvimento.


Segundo ele, o Brasil não conseguiu atingir esses dois objetivos. No caso das vendas externas, por exemplo, o objetivo era aumentar a participação brasileira nas exportações mundiais de 1,18% (US$ 160,6 bilhões) para 1,25% (US$ 208,8 bilhões) entre 2007 e 2010, o que significaria um incremento médio anual de 9,1%.


No que se refere aos investimentos do setor privado em pesquisa e desenvolvimento, a PDP estabelecia como meta aumentar de 0,51% para 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 2005 e 2010, totalizando R$ 18,2 bilhões no último ano.


Mas se é verdade que a PDP não gerou todos os resultados que se esperava, como frisa Arruda, ao menos a sua implementação teve como aspectos positivos a integração e a gestão compartilhada dos projetos, que fizeram com que os agentes públicos falassem a mesma língua. “Houve uma agenda comum ao longo desses anos e isso foi uma grande vantagem da PDP”, afirma.


Na avaliação de Carlos Calmanovici, presidente da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), o timing é um fator de pressão para que as diretrizes estabelecidas na PDC sejam de fato implementadas. “Existe um sentido de urgência que tem que ser considerado, porque os outros países estão avançando com suas políticas e nós precisamos tratar disso rapidamente”, diz.