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19 fev 2013

Jeans ignoram crise e vendas crescem 7,9%

Por Marina Falcão e Vanessa Barone | De São Paulo

A indústria brasileira de jeans não ficou imune à crise do setor têxtil e de confecções, mas superou bem as adversidades. Cresceu 3,5% em volume de peças e 7,9% em faturamento no ano passado. As vendas do segmento somaram R$ 7,3 bilhões. Enquanto isso, a produção nacional de roupas encolheu 5,5% em volume e avançou apenas 2,5% em vendas brutas.

Delfino Neto, presidente da fabricante de tecidos Santana Textiles, diz que o segmento ganhou bom impulso nos últimos anos porque os jeans viraram roupa de trabalho da nova classe média. Em média, cada brasileiro compra sete peças por ano, incluindo calças, saias, jaquetas e outras roupas. Além disso, a pressão dos importados é pequena nesse segmento, porque o Brasil dispõe de uma oferta competitiva de denim (brim índigo) e sarja (brim colorido). O maior custo de produção desses tecidos é o algodão, uma commodity, e não a mão de obra. “Isso tira a vantagem competitiva dos asiáticos”, explica Marcelo Villin do Prado, do Instituto de Marketing Industrial.

A inovação também explica em parte o bom desempenho da indústria de jeans. A calça “skinny”, bem justa, vem se mantendo como preferência nacional, em especial pelas mulheres. Por isso, a indústria foi atrás de soluções para deixar o jeans mais confortável e deu grande impulso à produção dos fios de elastano.

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