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31 ago 2012

Inflação pelo IGP-M avança para 1,43% em agosto, diz FGV

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços ? Mercado (IGP-M) acelerou para 1,43% em agosto, conforme informou nesta quinta-feira a  Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta dos preços dos grãos e das carnes puxou a inflação no atacado em agosto.

Em julho, o indicador ? que serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel ? subiu 1,34%. Em agosto de 2011, a variação foi de 0,44%.

O resultado do IGP-M de agosto veio em linha com a média de 1,43% apurada pelo Valor Data junto a 11 instituições financeiras. O intervalo das projeções ficou entre 1,35% e 1,50%.

O indicador acumula alta de 6,07% no ano e de 7,72% em 12 meses.

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor (IPA) ? que responde por 60% do indicador geral ? acelerou para 1,99%, de 1,81% registrado em julho.

Grãos

As maiores influências para essa alta, segundo a FGV, partiram dos itens milho, que passou de uma variação de 6,74% em julho, para 20,33% em agosto; farelo de soja (de 15,36% para 15,41%), aves (de 0,84% para 11,18%) e suínos (-2,98% para 26,69%). A variação da soja em grão desacelerou, de 14,89% para 10,72%, mas ainda assim este item foi um dos principais responsáveis pela alta da inflação no atacado.

Na outra ponta, as maiores influências negativas ficaram com o minério de ferro (de 1,49% em julho para -3,35% em agosto), feijão (-5,04% para -6,54%) e bovinos (-0,32% para -1,20%).

Os preços da soja e do milho dispararam no mercado internacional por causa da quebra da safra dos Estados Unidos, influenciando as cotações desses grãos no Brasil. Como ambos são as principais matérias-primas da formulação da ração das aves e dos suínos, os preços das carnes também subiram.

O IPA dos produtos agropecuários teve alta de 6,07%, ante 3,91% em julho. Já o IPA de produtos industriais desacelerou para 0,47%, de 1,05% no mês anterior.

Outros componentes

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ? com peso de 30% – avançou 0,33% em agosto, de 0,25% em julho.

A principal influência partiu do grupo habitação, cuja variação passou de 0,18% para 0,29%. Dentro dessa classe de despesa, a FGV destacou o comportamento do item móveis para residência, que passou de deflação de 0,37% em julho para alta de 0,53% em agosto. O setor de móveis conta com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido desde março e, ontem, teve o benefício prorrogado pelo governo até 31 de dezembro.

Além de habitação computados acréscimos nas taxas de variação de outras cinco classes de despesa entre julho e agosto: educação, leitura e recreação (0,27% para 0,54%), vestuário (-0,83% para -0,58%), saúde e cuidados pessoais (0,32% para 0,43%), transportes (-0,39% pa