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18 jan 2012

Idiotômetro: para medir o quanto o governo nos faz de idiotas

Hoje durante a cerimonia de lançamento do IMPORTÔMETRO pela ABIT, fiquei pensando. Já temos o IMPOSTÔMETRO da Associação Comercial de São Paulo, que diz quanto já  pagamos de impostos ao governo, o JURÔMETRO da FIESP que diz quanto o governo pagou de juros em detrimento de benefícios à população e agora o IMPORTÔMETRO que diz quanto estamos importando de roupas em detrimento dos empregos no Brasil. E quanto conseguimos sensibilizar o governo federal. Um sonoro e retumbante nada. Afinal para o governo, basta dar pão e circo ao povo. Essa frase foi dita na Roma Antiga, isso já há muito tempo atrás. Foi o Imperador Romano Vespasiano que a proferiu, quando da construção do Grande Coliseu.

Acho que precisamos mesmo é do IDIOTÔMETRO para medir o quanto o governo nos faz de idiotas.

O Brasil hoje é a ?bola da vez?, tem muito dinheiro. Está esbanjando marketeiramente, ajudando o FMI, a Bolívia, a Venezuela e não me lembro quantos outros países. Mas…e nós. E nossos hospitais, nossas escolas, nossas infraestruturas. Bom…aí já é outro caso. Nós somos bonzinhos. Seja o que for que aconteça, faremos piada no minuto seguinte.

O governo bate hoje recorde em cima de recorde de arrecadação. E diariamente arquiteta novas formas de arrecadação. Mas o que faz com este dinheiro? Reverte-lo em benefício da população não parece ser.

Os mais céticos vão dizer. O Brasil está ótimo, a distribuição de renda aumentou, o povo tem como consumir, etc… Tudo verdade. Inegável.

Só que sem sustentação. O pilar de tudo isto, deveria ser a geração de emprego. E quem tem mais condições de gerar empregos? A Indústria.

E o que está acontecendo com a indústria Brasileira? Está se dissolvendo em contato com o meio extremamente ácido dos impostos, incentivos à importação de produtos manufaturados, CLT da década de 40 (já tivemos quatro constituições neste período).

E se falarmos da confecção, o segundo maior gerador de emprego no país e o principal gerador de emprego de mão de obra feminina a situação é ainda pior (imaginei que não seria possível).

Nosso governo Rodin Pensador (ou Le Penseur para ser mais erudito) diz que está preocupado, pensa?pensa?pensa?e não faz nada. O Brasil continua importando roupa de uma forma até indecente. Seja importado da China, do Mercosul, da Europa, via Europa Oriental (a nova China Europeia), ou até via Miami nas malas dos turistas. Tudo isto em busca de preços mais baixos que a indústria nacional não consegue suprir pois tem um sócio (somente nos lucros) voraz. O governo.

As indústrias de confecção, se nada for feito, devem acabar em pouco mais de uma década. Mas o pensamento ?ver para crer? , generalizado no governo, imagino, causa sua miopia.

Infelizmente, o brasileiro não está enxergando que cada vez que compra ?preço? algum brasileiro perde seu emprego e um chinês é empregado. Quando as indústrias nacionais se transformarem em importadores, todos nós brasileiros estaremos sem emprego e não poderemos comprar nem produto chinês nem brasileiro. E não é imaginação catastrofista. Pois o principal motivo que a Europa e Estados Unidos estarem tendo toda esta dificuldade em sair de suas crises, é a falta de potencial de geração de empregos. Em um certo momento seus governos desprezaram estas indústrias.

Mas vamos ter Copa do Mundo de Futebol, Itaquerão, Bolsa Isto, Bolsa Aquilo, etc…

Entendem como estamos sendo idiotizados?

Por isto, repito: falta o IDIOTÔMETRO, para nos conscientizar.

Ronald Masijah – Presidente Sindivestuário