Topo
Sindivestuário / Dados Econômicos  / Comércio Varejista – Tecidos, vestuário e calçados – Julho/2018
18 set 2018

Comércio Varejista – Tecidos, vestuário e calçados – Julho/2018

pesquisa do IBGE sobre o comércio varejista de tecidos, vestuário e calçados, relativa ao mês de julho de 2018, reforça o clima de apatia da economia nacional, percebido por quase todos os segmentos. No apanhado geral, o comércio encolheu 1%, frente ao mesmo mês de 2017. Por outro lado, o destaque positivo ficou com o setor de artigos farmacêuticos, com 5,5% de alta, na mesma base de comparação.

De volta ao ponto central – que é o comércio de produtos do vestuário – as vendas no Brasil recuaram 8,4%, no mês de julho/2018, quando comparadas a idêntico mês do ano de 2017; encolheram 4,4%, frente ao acumulado de janeiro a julho de 2018, diante do mesmo período do ano passado; porém, ainda registram alta de 1,2%, no acumulado em 12 meses, diante de igual intervalo de tempo.

Em relação ao Estado de São Paulo, a tônica é a mesma, no entanto com números mais elásticos. Nesse recorte estadual, as vendas de tecidos, vestuário e calçados caíram 14,9%, no mês de julho/2018, perante julho/2017. No acumulado do ano, contudo, a queda registrada ficou em 7,1%; todavia, em 12 meses, encerrados no mês de referência da pesquisa, ainda há crescimento de 2,9%; sempre comparando com períodos iguais, imediatamente anteriores.

Pelo que se pode notar, São Paulo vem sentindo mais os efeitos do recuo da atividade econômica nacional. Inúmeros são os fatores para o atual momento de profunda letargia da economia, refletido aqui nos dados do comércio. Longe de ser uma lista exaustiva, o acirramento da disputa política – violenta, como nunca – só prejudica a vida cotidiana e as intenções de investimento (do empresário) e de compra, por parte do consumidor.

Por fim, vale notar, outro aspecto que pode estar passando desapercebido, embora a inflação esteja dentre dos parâmetros pretendidos pelo Banco Central, alguns itens essenciais estão subindo muito acima da média inflacionária. Combustíveis e alimentos, sobretudo derivados de trigo, têm sido fortemente influenciados pela alta do câmbio. Com efeito, poder de compra da população destinado a outros bens e serviços está em queda, inclusive roupas.

A incerteza das urnas é a principal fonte de instabilidade, embora não seja a única. Muito trabalho espera pela(o) eleita(o), a começar pela missão de trazer mais previsibilidade, algo raro nos últimos anos.

Fonte: O Sindivestuário elaborou esse documento com os dados disponíveis, sobretudo de fontes oficiais, sempre que possível. O Sindivestuário não se responsabiliza por qualquer operação que venha ser feita considerando essas informações. Reprodução permitida, desde que citada a fonte.