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19 out 2012

Comércio eletrônico móvel tem forte expansão

A adoção crescente de smartphones e tablets no país tem estimulado um forte crescimento do comércio eletrônico com esses dispositivos móveis. Um estudo realizado pelas consultorias Hi-Mídia e M.Sense apontou uma expansão significativa desse segmento do comércio eletrônico, que deve movimentar R$ 2 bilhões em 2013, ante R$ 132 milhões registrados no primeiro semestre deste ano.

Com esse avanço, o chamado comércio móvel passará a representar 8,5% do comércio eletrônico brasileiro. O levantamento realizado pela consultoria e-bit indicou que as vendas do comércio móvel já representavam 1,3% do comércio eletrônico no primeiro semestre deste ano, ante 0,3% até junho do ano passado.

A Hi-Mídia e a M.Sense entrevistaram 1.796 pessoas das cinco regiões do país. Desse total, 45% possuem smartphones e 16% têm tablets. Ao todo, um terço dos entrevistados já realizou compras usando dispositivos móveis. “Os smartphones estão cada vez mais populares, e com telas maiores facilitam a experiência de ver um produto e decidir ou não pela sua compra”, disse Bruno Maletta, sócio da M.Sense.

Maletta disse que o perfil de compra no comércio móvel difere do perfil de compra em sites. Entre os entrevistados que já adotaram a tecnologia, 61% compraram eletrodomésticos; 44% adquiriram ingressos; 39% compraram eletrodomésticos e 38%, conteúdos digitais, como filmes, música e livros.

No comércio eletrônico, as categorias que lideram as vendas são eletrodomésticos, que responderam por 13% das vendas totais; saúde, beleza e medicamentos (13%); moda e acessórios (11%).

Segundo Maletta, muitos consumidores preferem avaliar e adquirir produtos pelo computador devido ao tamanho da tela e ao fato de que muitos aplicativos ainda não estão adaptados para a venda móvel. Além disso, disse que o usuário que compra por dispositivo móvel geralmente está em trânsito e, por essa razão, adquire itens que necessita com urgência, ou produtos que não precisam de uma avaliação visual – como os eletroeletrônicos, que têm a mesma descrição técnica nos sites e nos aplicativos dos lojistas.

O executivo disse que as lojas ainda usam pouco no país uma tecnologia já disseminada: o QR Code, código que direciona dispositivos móveis para páginas na internet. No país, 39% dos smartphones são adaptados para ler esses códigos. Nos Estados Unidos e no Japão, o QR Code é amplamente usado no comércio móvel, mas no Brasil é adotado mais em campanhas de marketing. “Essa tecnologia ganhará força nos próximos anos”, disse Maletta.

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