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dez
2008
Comércio acredita em Natal sem crise
Diário do Comércio – 28/11/2008
Com a proximidade da chegada das festas de fim de ano e a primeira parcela do 13º salário, a movimentação no comércio já começa a dar sinais de que, apesar dos rumores de crise econômica, os lojistas vão investir em mercadorias novas e empregados temporários para garantir a atenção dos clientes e, conseqüentemente, aumentar os lucros.
Proprietário de uma loja no ramo de calçados e roupas, Cristian José Villar Lopes espera os fregueses para as compras natalinas com reforço na equipe de vendas. “Contratamos mais quatro funcionárias. Ao todo, serão 10 pessoas atuando só na área de vendas”, adianta. Lopes explica que as funcionárias novas já estão na loja para conhecerem o funcionamento do local e serem treinadas, conhecendo o estoque, como funciona o depósito e as técnicas para atender com agilidade e cordialidade os consumidores.
Questionado sobre se não seria perigoso aumentar a folha salarial e gastar com mercadorias novas em tempos de crise econômica internacional, o comerciante diz que optou por correr o risco. Tudo em nome da satisfação da clientela. “Nós resolvemos arriscar e trazer as novidades. Os clientes gostam é dos produtos que acabaram de ser lançados; por isso, estoque antigo não tem muita saída.” Ainda segundo ele, a moda do momento está diretamente ligada à auto-estima. “As roupas deixaram de ser apenas uma vestimenta. Hoje, as pessoas querem usar o mais novo, o melhor, o mais bonito. Então, temos que atualizar sempre”, alega.
Gerente de vendas em outro estabelecimento comercial da cidade, Bruno da Silva Figueiredo afirma que está prevendo aumento no movimento a partir desta semana. “Dia 20 saiu a primeira parcela do 13º e as pessoas já devem correr para as lojas. Estamos confiantes nesta tradição que se repete todos os anos e contratamos três novas funcionárias”, informa. Cerca de 30% do estoque da loja onde Figueiredo trabalha foi ampliado para atender os clientes mais afoitos e a previsão é de superar as vendas de 2007. “Estamos otimistas de que vamos vender mais que no ano passado. A crise não existe nesta época do ano. As pessoas querem é comprar para festejar e deixam para pensar nas dívidas depois”, atesta.
