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11 out 2012

Governo prepara mais medidas de estímulo

RENATA VERÍSSIMO / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo


Secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento diz que medidas fortalecerão a competitividade da indústria nacional no próximo ano

Os sinais de recuperação na indústria em agosto, ainda que com queda no emprego, animaram o governo, que já prepara novas medidas de estímulo ao setor. O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, afirmou ontem que as medidas fortalecerão a competitividade da indústria brasileira em 2013.

“Se vai ser via aumento de crédito ou por desoneração, não sei ainda, porque ainda estamos trabalhando. Mas, com certeza, o governo vai continuar fortalecendo a indústria brasileira”, disse o secretário.

O governo acredita que as ações anunciadas desde o ano passado, como a desoneração da folha de salários das empresas, a ampliação do Simples Nacional (sistema tributário simplificado para pequenas e médias empresas) e estímulos a alguns setores, ajudaram no desempenho do setor. Segundo o secretário, o crescimento positivo da indústria por três meses consecutivos (de junho a agosto) indica “uma tendência de reversão nesse período com tendência de crescimento”.

Os dados do IBGE, divulgados no início do mês, mostraram que a produção industrial cresceu 1,5% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal.

Teixeira espera que as medidas tenham resultado ainda mais efetivo em 2013 e afirmou que o governo continuará com políticas que fortaleçam a competitividade da indústria. “Teremos medidas, sim, em 2013, para fortalecer as medidas tomadas este ano.” O secretário informou que 19 cadeias produtivas apresentaram sugestões de medidas para dar competitividade à indústria e servirão de base para as decisões do governo.

Emprego. Sobre o fato de o emprego na indústria brasileira ter recuado 0,1% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, e de 2% na comparação com agosto de 2011, Teixeira disse que os dados não preocupam. Segundo ele, essa variação “um pouquinho para cima ou para baixo” é normal quando se vive o pleno emprego. O secretário lembrou que o Brasil continua gerando empregos formais todos os meses. Ele destacou que há um avanço na massa salarial.

“A informação mais relevante e alvissareira da retomada da atividade industrial, tanto o dado com ajuste sazonal, quanto a média móvel trimestral, foi positiva”, disse o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Indus