Fusões, crescimento dos marketplaces e consolidação da tecnologia omnichannel são algumas das tendências que revolucionarão o varejo no Brasil e no mundo. A última grande notícia nesse sentido foi a compra, por 5,1 bilhões de reais, da centenária Hering pelo Grupo Soma, dona de marcas premium como Animale e Farm. Dias antes, a Hering já havia recebido uma oferta da Arezzo, outra empresa do setor em grande expansão. No ano passado, a companhia controlada pela família Birman comprou a marca de roupas Reserva, complementando um portfólio que já contava com Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman e Vans.
“Vamos ver, a partir de agora, mais empresas integradas, cujos negócios se complementam a fim de aumentar a eficiência e ganhar escala”, diz Iara Silva, professora de branding da ESPM. “Um grande varejista de roupas, por exemplo, pode ter em seu portfólio a empresa que fabrica a matéria-prima. A loja que cria e vende as roupas pode optar por atender mercados com diferentes perfis socioeconômicos, com marcas diversas.” O crescimento dos marketplaces também é apontado por ela como um sinal de consolidação no ambiente digital. O Magalu, por exemplo, tem moda, com as marcas Zattini e Netshoes, como um de seus pilares de crescimento daqui para a frente.
Em abril, a Lojas Americanas comprou o grupo Uni.co que conta com as marcas Imaginarium, Puket, Mind e Lovebrands. “Os dois lados ganham”, diz Iara Silva. “De um lado, as marcas, que passam a acessar um número muito maior de consumidores. E, de outro, os donos dos marketplaces que ampliam suas ofertas e seu espectro no mercado.”
Fonte : NovaPr Comunicação