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1 jun 2011

Produção Física Industrial Regional ? IBGE (ABRIL/11)

São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 2011


As medidas macroprudenciais, adotadas pelo governo brasileiro, desde o final do ano passado, já mostram sinais evidentes de efetividade. Há pouco, hoje, pela manhã, o IBGE anunciou os resultados de sua Pesquisa Industrial Mensal Regional. No mês de abril/11 ? base do levantamento ? houve queda generalizada na produção física industrial.

A preocupação com a inflação levou o governo a adotar medidas que desaceleraram a atividade econômica e a indústria nacional também foi afetada. Sempre diante de igual período anterior, é possível notar, no Brasil, a indústria de transformação como um todo registrou recuo de 1,49%, na comparação mensal; porém ainda acumula alta de 1,50% no quadrimestre e 5,26% de elevação, quando a base congrega os 12 últimos meses terminados em abril/11. Isto é, os resultados do passado foram bem melhores do que os do presente.

Tabela – Produção Física – ABRIL (Brasil e São Paulo)




Na pesquisa do IBGE, os dados do Vestuário demonstram queda na produção (menor do que no setor têxtil é verdade, mas a direção é a mesma). No País, o Vestuário reduziu sua produção em 2,18% em abril/11, comparado ao mesmo mês de 2010. Mas, nos acumulados do 1° quadrimestre e dos últimos 12 meses, terminados em abril último, os números são 0,38% (estabilidade) e 3,84%, respectivamente. De outro lado, em São Paulo a baixa na produção em abril/11 foi ainda maior (3,74%), frente a igual mês do ano passado. No agregado de jan/abr de 2011, a queda foi de 2,15%, número bem diferente do acumulado de 12 meses, quando a produção física aumentou 4,39%, diante de idêntico período imediatamente anterior.

À noite, hoje, o COPOM anunciará a taxa de juros que deve prevalecer para os próximos 45 dias, até a nova reunião do órgão. Muitos esperam nova alta da Selic, especialmente jornalistas e economistas ligados ao sistema financeiro nacional. Mas, diante dos números apresentados pela indústria na pesquisa de abril/11, para a o setor industrial já se faz mais do que necessário um ciclo de alívio.

Todavia, mais importante do que isso, a nova Política Industrial ? em gestação e que deve ser anunciada brevemente pelo governo ? precisa tocar nos pontos fundamentais da competitividade que vão muito além dos juros básicos. Como são muitos, a prioridade impõe escolher aquele que pode fazer, de fato, diferença para o setor de Vestuário. Sem dúvida: menor carga tributária para as indústrias intensivas em mão de obra seria o início do desmonte do processo de desindustrialização que já está ai, basta ver os dados.