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31 maio 2011

Têxteis perdem US$ 60 mi com ‘barreiras’ da Argentina

O setor têxtil brasileiro calcula que as exportações para a Argentina diminuirão 15% neste ano devido às medidas protecionistas adotadas pelo país vizinho.

As empresas devem perder US$ 60 milhões caso o governo argentino continue protelando a emissão de licenças não automáticas, avalia o conselheiro da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) Alfredo Emílio Bonduki.


A Argentina é o principal destino das vendas externas do setor brasileiro. No ano passado, o país comprou US$ 400 milhões em mercadorias têxteis do Brasil.


As licenças prévias para o setor, que deveriam ser concedidas pelo governo argentino em 60 dias, estão demorando em torno de 150 dias.


O presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau, Ulrich Kuhn, disse que as medidas protecionistas não são “uma novidade” e que, há pelo menos dois anos, a Argentina atrasa os licenciamentos.


O conselheiro da Abit afirma que o protecionismo no segmento têxtil vem desde 2005 _ano em que o Brasil começou a perder espaço no mercado argentino devido às barreiras comerciais.


Bonduki acredita que o país deixou de exportar para a Argentina US$ 280 milhões por ano desde então. Tanto Bonduki como Kuhn dizem que o problema do atraso na concessão das licenças se acentuou em 2011.


Além do setor têxtil, os segmentos de calçados, de máquinas agrícolas, de alimentos e de eletrodomésticos sofrem com a demora na emissão dos documentos.


O conflito comercial entre os dois países se intensificou no início de maio, quando o Brasil colocou empecilhos à importação de automóveis como represália às restrições aos produtos brasileiros impostas pelos argentinos.


 


Fonte: Folha


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/923055-texteis-perdem-us-60-mi-com-barreiras-da-argentina.shtml