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20 jul 2020

O ‘novo normal’ do mercado em função da pandemia

Um dos termos mais falados durante a pandemia do Coronavírus é “novo normal”. O conceito começou a ser cunhado a partir de abril e ganhou força com o filósofo Yuval Harari, autor do best-seller “Sapiens”. A ideia principal é que o mundo não será o mesmo após a pandemia, e a sociedade como um todo precisará se adaptar a novas regras e demandas. Incluindo os negócios.

Diversas empresas já começaram a mudar. Restaurantes com mesas mais espalhadas, aquecimento do delivery e atendimento online são algumas dessas práticas. Não é diferente nos negócios da moda. O mundo pós-pandemia exigirá que o setor se adapte rápido.

Desfiles de moda tradicionais, como o feito por Giorgio Armani, já acontecem sem público. E o empreendedorismo surge como uma alternativa e uma realidade para novos cenários.

Um deles é a entrega de roupas em domicílio. Lojas de fast-fashion já adaptaram suas entregas para serem feitas em casa, mas negócios que buscam uma personalização maior precisarão encarar um desafio ainda mais difícil. Levar a vitrine para o ambiente digital é talvez o principal deles.

Algo que pode ser resolvido com tecnologia: já existem serviços que permitem digitalizar um modelo e combinar com as medidas de cada pessoa via aplicativo, ou que viabiliza a compra online.

A produção de máscaras já é uma realidade. Nesse sentido, a importância das máquinas de costura foi revisitada e pode render ideias de negócios. Donas de casa passaram a usar máquinas domésticas para fazer máscaras que são de uso obrigatório e vender nos poucos estabelecimentos abertos. Uma tendência que pode virar negócio com personalização e criatividade.

Sob Medida
Outro campo que praticamente surge com a pandemia é a de roupas feitas sob medida para o home office. O setor de moda pode atender a demanda de um novo tipo de vestuário, que seja confortável o suficiente para ficar em casa e, ao mesmo tempo, seja apresentável durante uma call ou reunião feita via aplicativos de videoconferência e reuniões.

Pijamas adaptáveis, com uma parte de baixo confortável e uma camisa social que pode ser montada por cima, é uma tendência.

Criação de roupas específicas

Outro ponto para empresas de médio e pequeno porte é a produção de roupas específicas para proteção individual. Dispositivos com máscaras, partes que cubram mais o corpo e até roupas descartáveis, que possam ser tiradas quando a pessoa chega em casa.

“A moda sempre acompanha o momento do mundo. Quem vai sair na rua, vai querer se proteger mais e isso passa pela roupa que a pessoa usa”, pontua Ana Flávia Matielli, coordenadora de marketing.

De certo modo, o aquecimento desse serviço retoma a algumas tradições em cidades pequenas. O setor de moda e vestuário se viu impactado com a necessidade de entrega em domicílio e novas demandas por roupas para o home office. Muitas costureiras retomaram a tradição de atender clientes de forma personalizada.

São ideias para tempos de mudança e adaptação constante. Com a impossibilidade de fazer planos a longo prazo e números crescentes de casos em países como o Brasil, o Chile e o México, a pandemia do Coronavírus ainda está longe de passar. Mas uma coisa é certa: as coisas não voltarão a ser como antes, e todo mundo precisará se adequar ao “novo normal” do mundo.

FONTE: O Liberal