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25 maio 2012

Importados invadem varejo de vestuário

VIVIAN PEREIRA – REUTERS


Diversificadas e em linha com as passarelas internacionais, as araras das grandes redes varejistas de vestuário no Brasil vêm sendo incrementadas com uma tendência a mais: a presença cada vez maior de itens importados, resultado da pesada carga tributária, um dos principais entraves à indústria têxtil no país.


Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a participação dos produtos importados no mercado brasileiro de bens industriais bateu novo recorde no acumulado dos últimos quatro trimestres encerrados em março.


O coeficiente de penetração de importações -que considera tanto o consumo final das pessoas quanto o de insumos pela indústria- atingiu 22,2 por cento no período, o maior nível desde 1996. No segmento de vestuário, o coeficiente ficou em 12 por cento, após 10,6 por cento 12 meses antes.


Já a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) estima em 20 por cento a participação dos importados na indústria de vestuário. Nessa conta, os oito pontos percentuais acima do número da CNI referem-se a um outro problema pertinente ao setor: o contrabando de mercadorias.


“A carga tributária aqui é muito alta, o que não acontece na Ásia”, disse o presidente da Abravest, Roberto Chadad. “(Os importados) estão ocupando espaço da indústria nacional aqui dentro, tanto de empregos quanto de produtos… Estamos dando emprego aos chineses.”


Segundo Chadad, 42 impostos incidem sobre o setor têxtil brasileiro, incluindo aqueles relacionados ao mercado interno e externo.