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5 maio 2014

Forever 21 é investigada pelos EUA por terceirizar trabalho escravo

A varejista norte-americana Forever 21, que abriu recentemente sua primeira loja no Brasil, está sendo investigada pelo Ministério do Trabalho dos Estados Unidos, que anunciou ter encontrado dezenas de oficinas de fornecedores da marca produzindo em condições desumanas de trabalho, em regiões próximas a Los Angeles. A companhia foi intimada em 2012 a apresentar documentos e, segundo o Ministério, não colaborou. Em nota, a varejista afirma que respondeu à intimação a tempo e que “a questão foi resolvida a contento de todos”. De acordo a imprensa do país, a Forever 21 já foi processada mais de 50 vezes também por imitar roupas de grife.

Com clientes esperando por horas na fila, a Forever 21 entrou no Brasil com preço abaixo do praticado por outras estrangeiras como a Gap, Topshop e Desigual. Por aqui, as peças da marca são vendidas até pelo dobro do que nos Estados Unidos, e ainda assim, consegue manter preços baixos (uma calça jeans sai por R$ 35, e o produto mais caro, R$ 150).
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Para manter os custos operacionais, a varejista adota um controle constante de gastos e funciona com modelo de produção terceirizada, contrata e subcontrata diversas oficinas ao redor do mundo. A maior parte de seus produtos é de origem asiática, onde os casos de escravidão são mais intensos. Na China, trabalhadores reclamam de baixos salários e péssimas condições de higiene.


Segundo a porta-voz da Forever 21, Kristen Strickler, é de extrema importância que a empresa seja capaz de manter o patamar baixo independentemente de fatores externos. “Somos cautelosos com todos os nossos gastos, para que possamos ter certeza de passar a economia para nossos clientes. Não temos quaisquer planos de alterar esse método já que entregar bom preço aos nossos clientes tem sido o nosso principal objetivo desde que abrimos há 30 anos”, afirma. Segundo Kristen, a companhia também quer ter fornecedores no Brasil no futuro, o que pode ajudar a garantir o plano de gastos da empresa.

Fonte: Valor