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21 jun 2013

Emprego industrial fica estável em abril, mas folha de pagamento sobe

O nível de emprego ficou estável na indústria brasileira entre março e abril, na série com ajustes sazonais. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante abril de 2012, contudo, houve queda, de 0,5%, no total do pessoal ocupado assalariado na indústria, marcando o 19º resultado negativo nesse tipo de comparação. No acumulado do ano, o indicador recuou 0,9% e, em 12 meses, cedeu 1,3%.

Com relação a abril de 2012, o emprego na indústria caiu em oito dos 14 locais investigados, sendo que o principal impacto negativo na média global veio da região Nordeste, com recuo de 4%. Foram observados ainda queda no pessoal ocupado na indústria de Pernambuco (-7,3%), Bahia (-5,3%) e Rio Grande do Sul (-1,6%). Em compensação, ganhou destaque a contribuição positiva de Santa Catarina e região Norte e Centro-Oeste para o total de empregados na indústria, de 1,4% e 1,1%, respectivamente.

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Por setores, 11 de 18 ramos verificaram recuo no pessoal ocupado em abril, perante um ano antes, como calçados e couro (-6,4%), outros produtos da indústria de transformação (-4,3%), vestuário (-3%), máquinas e equipamentos (-2,3%), madeira (-5,5%), produtos têxteis (-2,6%) e minerais não-metálicos (-2,1%). Já as indústrias de alimentos e bebidas (2,8%), borracha e plástico (2,7%) e produtos de metal (1,7%) influenciaram positivamente a média da indústria.

O IBGE mostrou também que o valor da folha de pagamento real aumentou 0,2% de março para abril, já descontando os efeitos sazonais. Em relação a abril de 2012, a alta correspondeu a 2,6%; no acumulado do ano, o indicador avançou 2%. Em 12 meses, a elevação registrada foi de 3,6%.

A pesquisa apontou ainda que o número de horas pagas na indústria aumentou 1% em abril em relação a março, descontando-se os efeitos sazonais, a taxa mais expressiva desde outubro do ano passado. Na comparação com igual mês de 2012, as horas pagas avançaram 0,1%, com crescimento em metade dos 14 locais pesquisados e em dez dois 18 ramos analisados. No acumulado do ano, houve queda, de 1,3%. Em 12 meses, o recuo foi de 1,8%.

Por setor, as principais influências positivas foram registradas nas indústrias de alimentos e bebidas (3,6%), meios de transporte (2,0%), borracha e plástico (2,5%), refino de petróleo e produção de álcool (4,2%) e produtos de metal (1,3%).

Em contrapartida, ainda na comparação com abril do ano passado, houve recuo nas horas pagas nas atividades de calçados e couro (-7,4%), de outros produtos da indústria da transformação (-4,3%), de vestuário (-4,0%), de máquinas e equipamentos (-2,5%), de produtos têxteis (-3,6%) e de madeira (-6%).

Considerando os locais avaliados, São Paulo trouxe a principal contribuição positiva sobre o total do país com relação ao número de horas pagas na indústria, com alta de 1,3%. Houve, ainda, elevações expressivas nas horas pagas em Santa Catarina (1,4%), Minas Gerais (0,7%) e região Norte e Centro-Oeste (0,7%). Na ponta contrária, apareceram região Nordeste (-3,3%), Rio Grande do Sul (-2,1%), Bahia (-4,0%), Espírito Santo (-6,0%) e Pernambuco (-3,7%).

(Alessandra Saraiva | Valor)

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