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13 jun 2011

Emprego industrial confirma desaceleração

A indústria brasileira empregou menos em abril, com leve recuo de 0,1% no número do pessoal ocupado assalariado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas acham que o resultado confirma a tendência de acomodação do emprego industrial.



A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário registrou resultados desfavoráveis também para a folha de pagamento e número de horas pagas. Na comparação com março, o valor da folha de pagamento real caiu 0,8%, enquanto o número de horas pagas aos trabalhadores ficou 0,4% menor.


“Foi o segundo mês consecutivo de queda nas horas pagas, o que mostra que pode haver queda no emprego nos próximos meses”, alertou o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza.


Na comparação com abril de 2010, o emprego na indústria cresceu 1,7%. São Paulo teve desempenho negativo e foi a principal pressão de queda no total nacional, com recuo de 0,2%. As perdas foram maiores nas atividades de papel e gráfica (-19,3%) e de vestuário (-11,7%).


O analista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria Integrada, vê no emprego do setor industrial um cenário de estabilidade desde agosto do ano passado. Ele acredita em uma expansão de 2,7% no emprego industrial em 2011, em relação a 2010.


Na análise do economista Flavio Combat, da Concórdia Corretora, a ligeira queda no número de funcionários assalariados na indústria condiz com o recuo de 2,1% da produção industrial na passagem de março para abril.


“Essa desaceleração sinaliza o que foi apontado em relatórios anteriores, ou seja, o processo de acomodação da expansão da atividade industrial, que deve se acentuar nos próximos meses, considerando-se os efeitos das medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central”, avaliou Combat.


Já André Luiz Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, acha que ainda é cedo para dizer que o leve recuo no emprego seja reflexo da queda na produção. Segundo ele, as atividades que empregam menos agora já teriam dado sinais de desaquecimento em meses anteriores. No ano, o emprego na indústria acumula alta de 2,4% .


 


Fonte: Estadão


http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110611/not_imp730895,0.php