O ano de 2011 foi um período difícil para o setor têxtil em geral. A alta do algodão veio em meio a uma maior concorrência mundial, inclusive no mercado doméstico, no qual se observou aumento dos produtos importados de têxteis do lar (cortinas, tapetes, cama, mesa e banho).
Dentro do setor têxtil, o segmento de cama, mesa e banho foi o mais afetado pela alta do insumo, pois tem mais dificuldades para substituir o algodão por fios sintéticos. A maciez e poder de absorção do algodão, importantes características para itens como as toalhas, são difíceis de ser encontradas em outros insumos (com algumas exceções) a preços competitivos.
“Durante a alta de preço do algodão, muitas empresas – que tinham recursos em caixa – compraram muito algodão porque o mundo todo achava que o pico ia perdurar por mais de um ano. Na ocasião, fazer estoque era a decisão mais certa possível. Isso desorganizou o mercado porque quando o preço do algodão voltou a patamares mais normais, no segundo semestre, o estrago já estava feito”, avaliou o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn.
Em Brusque, o forte aumento do algodão foi um dos elementos importantes para a crise de grandes empresas têxteis, como Buettner, Jovitex, Renaux e Schlösser. (VJ)
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