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7 nov 2012

Brasileiro está otimista e planeja compras

A maioria da população, entre 18 e 65 anos, está otimista e planeja as próximas compras. A percepção, em todas as classes de renda, é de que a vida melhorou e que vai melhorar ainda mais nos próximos 12 meses. E na lista dos objetos de desejo, o topo é ocupado por celular, televisão e carro.

O brasileiro, em geral, é otimista, mas uma pesquisa realizada pela Data Popular no terceiro trimestre mostra que o grau de satisfação está bem alto. “A classe A é mais otimista quando perguntamos sobre o último ano e a as classes C e D apostam mais no futuro”, diz Renato Meirelles, sócio-diretor da consultoria.

Para 93% da população entre 18 e 34 anos, em todas as faixas de renda, o futuro próximo é cor-de-rosa. O percentual também chama atenção entre os brasileiros de 35 a 49 anos (91%) e 50 a 65 anos (84%). Foram ouvidas 4 mil pessoas, nas ruas de 71 cidades, nas cinco regiões do país. E com 100 pessoas foram feitas entrevistas mais longas, informou Meirelles.

O otimismo tem fundamento: a renda continua subindo, o desemprego está baixo e há sinais de que o ritmo de expansão da economia em 2013 será maior. O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, estrategista-chefe da Quest Investimentos e ex-ministro das Comunicações, disse recentemente que a renda média do brasileiro terá crescido 4,5% ao ano, entre 1994 e 2014, quando termina o mandato da presidente Dilma Rousseff. A presidente tem justamente ancorado a estratégia de expansão da economia com estímulos ao consumo – de carros de passeio a fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupa, por exemplo.

O consumidor tem respondido. A estimativa dos fabricantes de veículos é de um crescimento de 5% nas vendas deste ano, em relação a 2011. O presidente da Electrolux na América Latina, Ruy Hirschheimer, disse recentemente ao Valor que espera um Natal com vendas entre 8% e 10% maiores no país.

Fabricantes de produtos de higiene, cosméticos, limpeza doméstica – como a brasileira Natura e as multinacionais Unilever e Procter & Gamble – já vêm registrando expansão nas vendas e anunciaram resultados expressivos no terceiro trimestre no país. E mesmo as varejistas de moda – Renner, Arezzo e Marisa, por exemplo -, que haviam mostrado balanços mais fracos no segundo trimestre, voltaram a mostrar desempenho vigoroso de julho a setembro. A inadimplência do consumidor, cuja taxa chegou a inibir novas compras neste ano, dá sinais de recuo. “Sentimos que a renda continua a crescer e a inadimplência está caindo”, disse José Galló, em teleconferência com analistas na quarta-feira da semana passada.

Para os próximos 12 meses, segundo a pesquisa da Data Popular, a maior parte dos consumidores planeja comprar telefone celular, TV ou carro.

Os objetos de desejo variam conforme a faixa etária, mas não muito. Viagens pelo Brasil e para o exterior, notebooks e tablets aparecem nos planos de intenção de compras dos consumidores de todas as idades, em maior ou menor grau. Meirelles vai apresentar a pesquisa no 1º Fórum Novo Brasil: Vozes da Classe Média, na próxima semana em São Paulo.

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