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2 ago 2012

Vestuário: Produção Industrial Cai 14,3%, no País.

No Brasil, o volume produzido recuou em todas as
comparações.

Na manhã de hoje, o IBGE divulgou os dados da Pesquisa Industrial Mensal que trata
do volume produzido no País. Os dados consolidados do primeiro semestre do ano retratam
bem o momento adverso pelo qual passa a atividade produtiva brasileira, de uma forma
geral. Mas, em especial, revela as agruras pelas quais se deparam a indústria têxtil
e do vestuário nacional.

No comparativo do mês de junho/12 contra junho/11, aponta a pesquisa, a indústria
de transformação retrocedeu 5,75%. Na base de comparação do acumulado do primeiro
semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é um pouco
menor (4,05%). No que se refere ao acumulado de 12 meses encerrados em junho deste
ano a baixa ficou em 2,47%. Em síntese, quanto mais recente o dado é, pior ele se
apresenta.

De forma específica, na indústria têxtil também tem resultados ruins, porém a lógica
é de um quadro que aparenta que o pior momento já passou. Ainda que haja queda nos
indicadores, quando mais próximos eles são, menos agressivos ficam. Vale registrar,
por exemplo, que nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2012 o tombo foi de
11,94%. Todavia, no comparativo do mês de junho/12, perante igual mês de 2011, o
recuo foi de 3,69%. Se há algo a depreender, a partir dos dados, é que o encolhimento
dos volumes produzidos é persistente, porém não tão forte como meses atrás.

Por fim, a indústria do vestuário demonstra uma dinâmica própria, todavia desfavorável
em todos os comparativos. Note-se, por exemplo, que: em junho/12, vis-à-vis o mesmo mês de 2011, a produção foi 14,3% menor. No acumulado do primeiro
semestre, do ano corrente, o volume produzido recuou 13,08% e nos últimos 12 meses,
terminados no mês de referência da pesquisa, o tombo foi de 11,45%.

Diante de um quadro como este, não é de se esperar que empresários ampliem produção
ou aumentem contratações, pois há enorme capacidade ociosa. Medidas econômicas já
foram tomadas para mitigar a involução da indústria nacional, mas é evidente que
não foi o suficiente para despertar o ?espírito animal? dos empresários. Para que
voltem a fazer inversões, não há dúvidas de que muito tem que mudar, a começar pela
redução das persistentes assimetrias concorrenciais entre os produtos importados
e os nacionais; que favorecem aqueles em detrimentos desses.