O volume de vendas no varejo restrito cresceu 0,8% em abril na comparação com março, já descontados os efeitos sazonais, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). É a segunda alta consecutiva nessa base de comparação.
O resultado ficou abaixo da média de 1,6% estimada pelo Valor Data, apurada junto a 11 instituições. As projeções, contudo, variam bastante, indo de um crescimento mais modesto, de 0,6%, até a expressiva alta de 2,6%.
Na mesma base de comparação, a receita nominal do varejo cresceu 0,6%.
Em março, as vendas do varejo restrito tinham subido 0,3%, ante fevereiro, com ajuste sazonal, segundo mostrou dado revisado hoje pelo IBGE, ante a expansão de 0,2% divulgada anteriormente.
Comparação a um ano antes
Na comparação com abril de 2011, a alta do varejo foi de 6%. É o desempenho mais fraco para o mês desde 2005, quando as vendas aumentaram apenas 3,4%, na mesma base de comparação.
De acordo com o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, desde 2005, a trajetória dos meses de abril vinha sendo ascendente, inclusive durante o período mais agudo da crise global, entre 2008 e 2009.
No acumulado do ano as vendas do varejo restrito subiram 9,2% e, em 12 meses, aumentaram 7,2%.
Na avaliação do IBGE, foi o bom desempenho nas vendas de móveis e eletrodomésticos a maior contribuição para as vendas do varejo na comparação a um ano antes.
Com veículos e construção, crescimento é menor
Já nos dados do varejo ampliado, que incluem as vendas de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 0,7% em abril na comparação com março, já descontados os efeitos sazonais.
Na comparação com abril de 2011, o volume de vendas do varejo ampliado subiu 2,9%.