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23 nov 2018

Produção industrial SP/BR – Vestuário e Têxtil – Set/2018

A produção física industrial, relativa a setembro de 2018, mostra sinais claros da alta dependência do mercado doméstico, por parte da indústria nacional. A correlação entre os dois elos da economia ficou evidente, ao longo de 2018. O comércio patina e a indústria fica estagnada. No mês de referência da pesquisa, o IBGE registrou alta de 2,2%, no acumulado do ano, na indústria de transformação brasileira.

Nos dados nacionais, contudo, no setor de vestuário e no têxtil o resultado foi diferente: -3,7% e -1,7%, respectivamente, também no acumulado de 2018, frente a idêntico período de 2017. Em linha com os dados do varejo, que mostram recuo de 3%, no mesmo período.

De outro lado, observando o que ocorreu na produção, nas estatísticas do IBGE, em São Paulo, os dados são os seguintes: no acumulado do ano a indústria de transformação cresceu 2,4%; a indústria têxtil caiu 1,3%; e a indústria do vestuário despencou incríveis 11%.

Como se vê, o custo do baixo dinamismo da economia brasileira tem pesado muito fortemente sobre o Estado mais industrializado da Federação. Ajuda a explicar o tombo, o fato de que as importações de vestuário (até outubro) cresceram 14%, frente ao acumulado no ano passado, até o mesmo mês. Porém, a principal razão é, de fato, um mercado doméstico que não sai do marasmo.

Espera-se, por fim, que terminado o processo eleitoral no qual desgastes são provocados para tornarem-se votos, mas que deixam todos ressabiados e avessos à tomada de riscos, sobretudo consumidores e empresários, a economia volte a tomar o rumo do crescimento. Aliás, essas são as expectativas para 2019, no qual os agentes econômicos apostam que o PIB volte a subir 2,5%, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central do Brasil. Tomara que se concretizem, portanto, as expectativas.

MSc. Haroldo Silva – Membro do Corecon-SP.