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12 dez 2018

Produção industrial SP/BR – Vestuário e Têxtil – Out/2018

Os dados do IBGE, relativos à Produção Industrial do mês de outubro de 2018 revelam: a economia mais diversificada do País sofreu muito ao longo de todo ano. São Paulo sentiu bem mais a perda de dinamismo da economia, sobretudo depois do mês de maio, quando foi deflagrada a greve dos caminhoneiros.

Primeiro em termos nacionais, a contabilização do acumulado em 10 meses, feita pelo IBGE, registra queda de 1,6%, no setor têxtil e recuo de 3,7%, no setor de vestuário. Contudo, a indústria de transformação, que congrega os demais setores, ampliou sua produção em 2%, no mesmo período. De fato, isso denota que alguns segmentos industriais se saíram melhor, no mesmo intervalo, como por exemplo, o de veículos, que cresceu 12% e alimentos, com alta de 6,9%.

Não resta dúvida que a compra de vestuário está atrelada à autoestima e ao bem-estar, sentimentos que não foram tão presentes nesse ano que está por terminar, sem deixar muitas saudades para a maioria dos brasileiros. Ao contrário, desemprego e redução de renda foram a tônica do ano, cujos ânimos ficaram exaltados durante o processo eleitoral, especialmente. Enfim, fatores importantes colocaram a aquisição de roupas em segundo plano, lamentavelmente.

Em São Paulo, os resultados da produção foram ainda mais decepcionantes. No acumulado de 2018, até outubro, a produção de têxteis caiu 1,2%, enquanto a produção de vestuário registrou um tombo de 10%! Difícil entender tamanha discrepância em relação ao número nacional, que foi ruim, mas em São Paulo foi muito pior.

Um elemento que corrobora essa desconexão, em desfavor de São Paulo, é o próprio comércio varejista de tecidos, vestuário e calçados. No Brasil, ele caiu 3%, no acumulado até setembro, que é o último dado disponível. Todavia, em São Paulo, a queda foi de 5,3%, bem superior também. O que se espera é que essa demanda muito reduzida tenha ficado no passado e que a melhoria de expectativa [capturada por várias pesquisas, inclusive do próprio setor] se materialize e as vendas e a produção se retroalimentem virtuosamente.

 

MSc. Haroldo Silva – Membro do Corecon-SP