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18 nov 2011

Estilo “boêmio chique” da Antik Batik chega ao mercado brasileiro


A grife francesa Antik Batik é resultado de um caldo cultural. A sua fundadora, Gabriella Cortese, é italiana, de Turim. O primeiro contato da moça com a moda foi por meio do bordado húngaro, ensinado pela avó. Em Bali, Gabriella descobriu o “batik”, método de impressão milenar sobre a seda – e que inspirou o nome de sua futura marca. Mas foi finalmente em Paris, em 1992, que ela criou a Antik Batik, cujo estilo resume todas as vivências e viagens feitas por Gabriella desde a adolescência.


Com estilo “boêmio chique”, com roupas de aspecto artesanal, mas com pegada elegante, a Antik Batik acaba de chegar ao mercado brasileiro. O responsável pela vinda da marca é o showroom Analuiza Fashion Office, de Paris, em parceria com o Maria Eugênia Showroom, de São Paulo.


Juntas, as empresárias Ana Luiza Pessoa de Queiroz, radicada na França há 23 anos, Maria Eugênia Xavier e Karina Amaral esperam apresentar aos consumidores brasileiros algumas marcas desconhecidas por aqui, mas consagradas no mercado francês e europeu.


O alvo das empresárias são grifes que fogem do alto luxo, segmento povoado por Dior, Chanel, Hermès e outras e que estão montando operações próprias no País. Fora desse segmento, diz Maria Eugência, há várias empresas querendo entrar no mercado brasileiro.


“Aposto muito na Antik Batik. O produto tem um aspecto étnico, com bordados e outros detalhes feitos à mão e tem tudo para agradar”, diz Maria Eugênia, que já começou a comercialização da peças em seu showroom, para varejistas que vendem várias marcas.


No contrato firmado com a grife francesa, diz a empresária, há a intenção de abrir lojas monomarcas com a bandeira Antik Batik. Os planos são confirmados pela própria Gabriella Cortese. “Eu conheço o Brasil e adoro a sua alegria de viver. Provavelmente, abrirei uma butique no Rio e outra em São Paulo.”


Na definição da própria Gabriella, a Antik Batik “é uma marca solar, de formas fluidas, para vestir mulheres sensuais e femininas. Seu toque ‘boêmio chique’ tem tudo a ver com uma mulher que viaja e não tem medo de misturar estampas e cores”, diz a estilista, que acredita no enorme potencial da grife no País.


A marca é distribuída no mundo inteiro, para 800 lojas multimarcas de alto padrão. Além disso, a grife tem butiques em Paris (uma no Marais e outra em Saint-Germain); duas “shop in shop” na Galeries Lafayette e na Printemps, além de uma butique em Ibiza. Para 2012, há projetos de abrir novas lojas na França.


A Antik Batik não faz parte de nenhum conglomerado de marcas e vai fechar 2011 com um faturamento de ? 14 milhões.


A empresária pernambucana Ana Luiza Pessoa de Queiroz sempre enxergou na Europa um mercado potencial para as marcas brasileiras. Há mais de 15 anos, abriu o showroom Analuiza Fashion Office para representar estilistas de várias nacionalidades, inclusive brasileiros. Mas diante da crise europeia, da valorização do real e da inexperiência de algumas marcas nacionais, que não entendiam o mercado europeu, Ana Luiza decidiu apostar no caminho inverso: levar ao Brasil marcas desconhecidas, porém bem-sucedidas.


“Nunca tinha pensado nessa possibilidade, mas estou adorando. Acredito que a Antik Batik vai agradar, por apresentar uma moda francesa mais acessível.”


A maior parte das peças da marca deverá sair entre R$ 200 e R$ 1.500, para o consumidor final.


 


Fonte: Valor