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8 out 2008

Alerta: O setor do Vestuário está na UTI








Alerta: Setor de Vestuário está na UTI da Economia


E com ele 30 mil empresas e 1,3 milhão de trabalhadores correm risco de “desaparecerem”


Ouve-se, hoje em dia, que a economia está ?aquecida?; que grandes investimentos são feitos; o presidente Lula inaugurando fábricas por todos os cantos do país… E eu fico me perguntando: Será que eu moro nesse mesmo país??


Porém no setor do vestuário o que ouço é sempre bem diferente dessa ?realidade? citada acima. Pergunto-me: por que será? Qual a diferença entre nosso setor da economia e os outros? Por que tantos setores recebem incentivos governamentais com tanta facilidade e nós estamos sempre com o ?chapéu na mão??


Acho que descobri a resposta: É o custo de uma máquina de costura.


?Como assim??, devem estar se perguntando. A resposta é simples.


O nosso setor é conhecido como ?o das máquinas de costura?. Ou seja, dependemos de uma máquina que é supostamente de baixo custo. Afinal muitas mulheres possuem uma em casa.


E daí deve estar se perguntando. O que os governos e a imprensa gostam de ouvir são valores de investimento que cada setor colabora no ?bolo da economia?. Querem saber quando se inaugura ou moderniza uma fábrica, qual foi o montante de papel moeda investido, etc., etc., e etc.


Perto de cifras monstruosas de investimento que ouvimos toda hora, o custo para montagem de uma fábrica de confecção é insignificante. Com isto estamos sempre em segundo plano. Somos tratados como um setor de ?segunda classe?.


Esquecem que nossos grandes investimentos são milhares de empregos emprego gerados. Que cada máquina de costura depende de um operador, uma costureira. Somos o segundo maior empregador do País e o primeiro em empregos para mulheres. Portanto as nossas cifras monstruosas de investimento não são em papel moeda e sim em seres humanos.


Mas o que me estranha, e assusta, é que este fato não soa tão importante aos ouvidos dos governos estadual e federal ? exceto, é claro, nos períodos eleitorais.


Mas, onde entra a máquina de costura nesta história? É simples. O processo que vemos no governo é tão esdrúxulo e descabido que a proposta vai de encontro a essa linha: Vamos pleitear junto aos fabricantes das máquinas de costura que passem a cobrar milhões cada uma delas e que uma costureira possa operar sozinha diversas máquinas. Com isto, a montagem de uma fábrica passará a ter um custo elevadíssimo (que os governos chamam de investimento) e passaremos então a ser considerados empresas de primeira classe.


E os empregos, perguntariam?


Bom, isto será problema de outro.


Hellooooo, governos. O setor de vestuário está na UTI. Não temos tempo para fóruns de discussão. Precisamos de uma junta médica que possa tomar medidas urgentes para salvar o paciente: as 30 mil fábricas que empregam 1,3 milhão brasileiros.


E para você leitor, empresário da Cadeia Têxtil, vamos gritar juntos para que o governo estadual nos ouça e perceba, antes que seja tarde demais, que estamos lutando contra duas ?Chinas?. A original — do outr