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31 jul 2014

Tecnologia ajuda indústria têxtil a não cair no vermelho

Com o sistema informatizado a realidade da empresa muda e consegue ter bons resultados mesmo em meio a crise.

Já não é de hoje que o setor têxtil têm sofrido com o aumento de importações. De acordo com Sindicato das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP), os primeiros cinco meses deste ano, o Estado registrou um aumento de 10,7% na importação de produtos e confeccionados.

No entanto, empresas de tecnologia da informação têm desenvolvidos softwares a fim de oferecer soluções específicas para as indústrias têxteis e evitar ainda mais perdas com a crise no mercado.

A exemplo disso é a Microdata Sistemas que detectou ao longo do tempo que as empresas não sofriam apenas com a entrada de produtos do exterior, mas com a deficiência de sistema informatizado. Sendo assim, ela desenvolve, de acordo com cada cliente, programas que fazem o acompanhamento e gerenciamento completo da indústria, desde a pré-venda até a entrega.

“Com crise ou sem crise as empresas precisam ter um diferencial do mercado comum. Ela precisa oferecer ao cliente um produto de qualidade, um custo mais baixo e entrega em tempo preciso. E esse diferencial está no controle dos estoques e custos.”, declara o diretor da Microdata Sistemas, José Lenhare.

Com o sistema em rede, todos os departamentos têm acesso às informações. Lenhare explica que, numa indústria de confecção, por exemplo, o representante de vendas consegue consultar se há produto disponível no estoque, a quantidade necessária para a produção de acordo com o seu pedido e em quanto tempo consegue entregar ao seu cliente. Além disso, o banco de dados informará para a produção a quantidade de todos os produtos utilizados: botão, linha, qual o tecido, se vai precisar de gola etc. “O grande erro do passado era o consultor fazer a venda, prometer a entrega, porém, sem controle algum. Sendo assim, o resultado era queda nas vendas”, informa.

Dejair Alvarenga, coordenador de tecnologia da informação da Meneguel Têxtil, atesta que com o sistema informatizado a realidade da empresa mudou, consegue ter bons resultados nas vendas mesmo em meio a crise. “Conseguimos ter uma visão geral desde a entrada da matéria prima, produção e até a área de vendas”, diz. O programa consegue detectar se há excesso de matéria-prima ou algum problema na produção. Além disso, o coordenador explica que o departamento comercial consegue trabalhar focado com os clientes que pararam de comprar ou que diminuíram nos pedidos.

Para sair à frente e auxiliar no crescimento do setor têxtil, a Microdata está atenta às evoluções tecnológicas e exigências do mercado. Tanto, que os softwares e a linguagem de programação passam constantemente por mudanças e aprimoramento. O que antes demorava de 4 a 5 minutos para consultar a lista de clientes, hoje tudo acontece em tempo real. O banco de dados pode ser acessado remotamente, pois foi desenvolvido em nuvem. “O cliente pode ter o servidor na empresa ou na internet. Ou seja, a empresa nas mãos”, diz o diretor da Microdata Sistemas José Lenhare.

Só neste ano a empresa desenvolveu dois novos produtos. O primeiro é na área fiscal que informará mensalmente toda a movimentação da área de vendas, compras e produção para o fisco, que é exigência do governo federal. E o novo produto, com o lançamento agendado para agosto na Febratex (Feira Brasileira para a Indústria Têxtil), é o aplicativo para a área comercial. Os representantes terão disponíveis em tablet e em celulares todas as informações do programa de gerenciamento, além do catálogo digital.

Há 30 anos no mercado e com mais de 300 clientes na carteira, sendo que a grande maioria é da Região Polo Têxtil, o maior investimento é com os colaboradores. Lenhare revela que a empresa conta com 70 colaboradores, altamente capacitados, sendo: desenvolvedores, programadores e implantadores. “Até pela exigência do mercado e atividade que exercem, a equipe é obrigada a se atualizar constantemente. Cursos e especializações em novas tecnologias e produtos que vão surgindo no mercado, tanto em nível de hardware quanto de software”, finaliza.

 

Fonte: O Liberal.