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3 fev 2012

Setor têxtil pede proteção

O setor têxtil, com suas diferentes entidades representativas, esteve reunido na última terça-feira para traçar as diretrizes do que pode dar origem ao pedido de salvaguarda mais abrangente elaborado por um segmento da indústria nacional. A salvaguarda é um instrumento temporário de proteção comercial. Nesse caso específico, o setor têxtil pretende pedir ao governo federal proteção geral contra todas as importações de produtos de confecção ? que se segmenta basicamente em vestuário e roupas para cama, mesa e banho ? que entram no País.


Segundo Ronald Moris Masijah, presidente do Sindicato do Vestuário (Sindivestuário), o pedido de salvaguarda geral será encaminhado formalmente ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda neste mês, acompanhado de um estudo. “Estamos reunindo o setor para elaborar um estudo completo que mostre os prejuízos que as importações causam à indústria têxtil nacional”, disse Masijah. “Esse foi o pedido feito por Mantega para nos oferecer proteção comercial”, completou.


No ano passado, a balança comercial do setor têxtil fechou com déficit de US$ 4,749 bilhões, resultado do acúmulo de US$ 6,171 bilhões importados, contra US$ 1,421 bilhão exportados. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).


Do total de produtos têxteis importados no ano passado, US$ 1,721 bilhão corresponderam a vestuário. Esse valor representou avanço de mais de 60% em relação às importações do setor de 2010, que foram de US$ 1,073 bilhão.


Caso o instrumento de proteção seja acatado pelo governo federal, ele atingirá basicamente a China (veja texto ao lado). Do total de vestuário importado no ano passado, US$ 1,039 bilhão foi proveniente da China.


Discussão ? A necessidade de proteção comercial ampla para o setor têxtil é debatida desde o fim do ano passado com o ministro Mantega. À época, a indústria têxtil propôs ao ministro um regime tributário simplificado ? aos moldes do Simples Nacional ? específico para a indústria têxtil.


Segundo Masijah, com o aumento da importação e a elevada carga tributária do País, “as empresas do setor estão acabando com suas unidades fabris e se pulverizando em pequenas oficinas”. Dessa maneira, elas poderiam se beneficiar do Simples Nacional. “O problema é que com essa estratégia perdemos escala de produção, justamente o oposto da China”, explicou.


Para o presidente do Sindivestuário, um r