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11 maio 2012

Produção industrial cai em 5 de 14 regiões em março, diz IBGE

SÃO PAULO – A produção industrial caiu em cinco de nove de 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje sua Pesquisa Industrial Mensal ? Produção Física Regional (PIM-PF Regional) referente ao mês de março.


Em março ante fevereiro, os índices regionais da produção industrial, descontados os efeitos sazonais, caíram principalmente na Bahia (-1,3%), Minas Gerais (-0,7%) e Santa Catarina (-0,7%), que apontaram perdas acima da média nacional (-0,5%). As demais taxas negativas foram observadas em São Paulo (-0,3%), parque fabril de maior peso no país, e na região Nordeste (-0,5%).


Na mesma base de comparação, a produção aumentou no Paraná (9,8%), em Goiás (6,7%) e Amazonas (6,5%), que assinalaram os resultados positivos mais acentuados. Ceará (1,9%), Pernambuco (0,4%), Espírito Santo (0,3%), Rio de Janeiro (2,5%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Pará (0,9%) foram os outros Estados com resultados positivos.


No indicador acumulado para o primeiro trimestre de 2012, oito dos 14 locais pesquisados produziram menos, com quatro recuando acima da média nacional (-3%): Rio de Janeiro (-6,8%), São Paulo (-6,2%), Santa Catarina (-5,9%) e Ceará (-4,3%). Espírito Santo (-2,4%), Amazonas (-2%), Minas Gerais (-1,4%) e Pará (-1,2%) também tiveram taxas negativas no período.


A redução no volume fabricado de veículos automotores nos três primeiros meses de 2012 foi o principal fator para a queda na produção industrial das principais regiões do país nesse período, avalia o gerente da coordenação do IBGE, André Luiz Macedo. O especialista destaca que essa é a causa para ?os maus resultados? de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.


Em janeiro e fevereiro, as fábricas de caminhões paralisaram a produção para se adequarem às novas regras de emissões. Os veículos automotores representam 12% da indústria paulista.


?Observando o período de janeiro a março, vemos que o principal destaque negativo da indústria brasileira é São Paulo, pela importância que o Estado tem na indústria nacional?, afirmou o especialista do IBGE.


Segundo o IBGE, nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado e telefones celulares) e de bens de capital (especialmente os caminhões), além da menor produção vinda dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário e metalurgia básica.


?Ceará e Santa Catarina sofrem com a taxa cambial. O dólar desvalorizado frente ao real beneficia os produtos importados, principalmente, dos setores têxtil, ves