A taxa de câmbio não pára de retrair-se. A importação, por sua vez, não pára de crescer. Quase todos os ramos da indústria são afetados pelos efeitos nocivos do dólar depreciado no Brasil, bem mais do que no restante do planeta. Mas, qual a razão de iniciar um texto sobre produção industrial exatamente pelo câmbio? É que ele não explica todo o resultado, no entanto, sem dúvida, é a razão de grande parte do recuo na produção da cadeia têxtil e do vestuário. Fabricar no Brasil fica mais caro a cada dia, comparativamente.
Na manhã de hoje, o IBGE divulgou os números da Pesquisa Industrial Regional, relativos a maio/11. A indústria de transformação apresentou crescimento no mês de referência do levantamento, frente a 2010, tanto no Brasil quanto em São Paulo, com altas de 2,68% e 3,92%, respectivamente. Importante dizer que está presente a influência do efeito calendário, uma vez que maio deste ano (22 dias) teve um dia a mais do que no ano passado (21 dias). Os resultados do agregado industrial, embora positivos, são menores no acumulado dos cinco primeiros meses de 2011, do que em 12 meses como mostra a tabela.
Tabela 1 – Produção Física – MAIO (Brasil e São Paulo)
Tipo de índice | Brasil e Unidade da Federação X Seções e atividades industriais | |||||
Brasil | São Paulo | |||||
Indústria de transformação | Têxtil | Vestuário e acessórios | Indústria de transformação | Têxtil | Vestuário e acessórios | |
Índice mensal (Base: igual mês do ano anterior = 100) | 2,68 | -13,4 | -2,07 | 3,92 | -10,5 | 1,32 |
Índice acumulado (Base: igual período do ano anterior = 100) | 1,73 | -11,9 | -0,35 | 2,6<
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