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10 jun 2011

Preços dão uma trégua em maio e índices desaceleram

O índice utilizado para medir a inflação oficial do País recuou 30 pontos percentuais em maio, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,47% em maio, ante aos 0,77% de abril.

O acumulado em 2011 está em 3,71%, 0,62 ponto percentual acima da taxa relativa a igual período de 2010 (3,09%). Nos últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,55%, pouco acima dos 6,51% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2010 a taxa havia sido de 0,43%.

Desta forma, o índice ultrapassa o teto da meta que é de 6,5% em 2011 e fica mais de dois pontos acima do centro da meta (4,5%).

O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros ressalta o BC ainda precisa tomar as rédeas das expectativas de elevação dos preços. “Não sei se é o caso de dizer que essas expectativas estão descontroladas, mas o fato é que não são nada favoráveis, pois apontam para a possibilidade de descumprimento da meta neste ano”.

“O BC começou a elevar a taxa de juros [Selic], o que remete a uma desaceleração da atividade econômica, mesmo que por meio dos instrumentos convencionais e com algum tipo de ônus. Não é o único modo de conter a inflação, mas é o que remete a resultados mais rápidos”, comenta.

De acordo com o IBGE, os transportes foram determinantes para a redução na taxa de crescimento do IPCA de abril para maio. Da alta de 1,57% em abril, o grupo passou para uma queda 0,24% em maio, em grande parte devido ao comportamento dos combustíveis, que, de uma variação de 6,53% em abril passaram a queda de 0,35% em maio.

Contribuíram também para a queda do indicador os grupos vestuário (de 1,42% em abril para 1,19% em maio) e saúde e cuidados pessoais (de 0,98% para 0,73%). Já os alimentos apresentaram ligeira alta em maio, passando de 0,58% para 0,63%.

Outros quatro grupos mostraram aceleração na taxa. No grupo habitação (de 0,77% em abril para 0,97% em maio), sobressaiu-se o aumento na taxa de água e esgoto (de 1,00% em abril para 2,32% em maio), em razão de reajustes.

No grupo despesas pessoais (de 0,57% em abril para 0,72% em maio), a alta foi decorrente, principalmente, do aumento nos salários dos empregados domésticos, de 0,54% para 1,14%.

Assim, o agrupamento dos não alimentícios teve sua variação reduzida de 0,83% para 0,42%. Dentre os índices regionais, o maior foi o de Belo Horizonte (0,70%). O menor índice foi o de Brasília (0,02%. Os preços desaceleraram ainda no Rio de Janeiro (de 0,82% para 0,60% maio), Salvador (de 0,63% para 0,60%), Goiânia (de 0,90% para 0,56%), Curitiba (de 1,23% para 0,50%), Porto Alegre (de 1,04% para 0,50%), São Paulo (de 0,79% para 0,33%) e Fortaleza (de 0,64% para 0,29%).

Mesmo com a queda, especialistas mantém aumento de 0,25% na Selic .

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,57% em maio, 0,15 ponto percentual abaixo do resultado de abril (0,72%). Com isso, o acumulado em 2011 está em 3,48%, pouco abaixo da taxa de 3,50% relativa a igual período de 2010. Nos últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,44%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,30%).

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,58% em maio, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,57%.

Mesmo antes do anúncio oficial da inflação, o mercado financeiro já havia reduzido levemente a projeção para a inflação em 2011, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), na última segunda-feira. De acordo com a pesquisa, a expectativa para a inflação oficial neste ano recuou de 6,23% para 6,22%.

IGP-Di

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou de 0,5% em abril para 0,01% em maio, segundo levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 12 meses, o indicador tem alta de 9,14% e, no ano, de 3,08%. Em abril, a inflação em 12 meses ficara em 10,84%.

O IGP-D