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3 mar 2011

O perfil das mulheres no mercado de trabalho

Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado na próxima terça-feira, 8 de março, uma pesquisa elaborada pela Bridge Research – empresa de pesquisa que tem foco na prestação de serviços de inteligência na área de tecnologia, lança o estudo “Convivência no mercado de trabalho”.

Produzida com mulheres das classes A e B, moradoras da Grande São Paulo, a pesquisa mostra quais são as características e os comportamentos das profissionais paulistanas de três diferentes gerações.

O resultado aponta que no contínuo processo de ascensão profissional feminina, as mulheres se deparam com um novo desafio no ambiente corporativo contemporâneo: os conflitos multigeracionais. Foram estudadas entre as profissionais das gerações X (idades entre 30 anos e 45 anos), Y (idades entre 20 anos e 29 anos) e Z (nascidas nos anos 1990).

Entrevistas pessoais

A pesquisa foi desenvolvida pela Bridge Research em 2010, baseada em entrevistas pessoais com uma amostra de 672 pessoas na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Grande Porto Alegre apontou que as profissionais paulistanas de três gerações têm dividido espaço físico, cargos e desafios em um ambiente corporativo altamente competitivo.

A experiência prática e o preparo acadêmico tornou os profissionais da geração X (com idades entre 30 anos e 45 anos) em legítimos herdeiros dos postos de liderança disponíveis desde a aposentadoria dos baby boomers, geração nascida entre 1946 e 1964.

Curso alterado

O que deveria transcorrer de modo natural e na mais perfeita tranqüilidade: a convencional substituição de uma geração de executivos por outra, teve seu curso alterado por uma nova disputa de poder. Observou-se que os questionadores e com pressa para ascender na carreira, integrantes da geração Y (com idades entre 20 anos e 29 anos) passaram a disputar cargos com o profissional X.

A forma como cada geração lida com questões pessoais e profissionais pode condicionar a convivência com um conflito multigeracional. Em comum às gerações, a falta de planejamento da carreira; a escolha é feita muito cedo, o que impede a definição de um plano maduro para a carreira. E como age cada profissional? Assertiva, a chefe X costuma ser objetiva, comprometida com resultados, competitiva e responsável. A Y apresenta a faceta mais humana do ambiente corporativo, mostrando-se acessível, bem informada, flexível e adaptável – uma profissional preparada para o trabalho em equipe por buscar soluções para problemas comuns à equipe. A estagiária Z é a profissional com mais energia em estado bruto.


Primeiras experiências

De acordo com Renato Trindade, presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa, “a estagiária Z busca o crescimento por meio do aprendizado e enxerga as primeiras experiências profissionais como uma oportunidade de traçar um caminho possível para o desenvolvimento da carreira”, afirma. A carreira está em primeiro plano para a geração X, enquanto que a prioridade das mulheres da Y, no início de carreira, é equilibrar a vida pessoal e a profissional.

Ainda dentro da análise comportamental a pesquisa define que as mulheres da geração Z têm comportamentos infantis com relação ao trabalho. “Essas mulheres se preocupam em não cometer os mesmos erros da geração passada, ou seja, acreditam que a X abandonou a família em detrimento da carreira”, explica Trindade.

Para o coordenador da pesquisa, o trabalho é fonte de realização e status da geração X. Já para a Y associa a carreira é vista como a afirmação da maturidade perante a sociedade; e a Z acredita que o trabalho