Recém-inaugurada, empresa de importação e distribuição inicia negócios com multimarcas nacionais e movimenta o segmento de luxo
O negócio das grifes internacionais no Brasil acaba de ganhar um novo capítulo: a chegada de marcas que atuam pouco abaixo da linha do luxo absoluto, mas que exibem uma qualidade muito acima da da maioria das etiquetas nacionais.
A abertura da Acaju do Brasil, dos jovens Fabio Justos e Dimitri Mussard, uma agência de importação e distribuição de marcas, promete apresentar ao mercado nacional grifes consagradas no exterior, que estão de olho no consumidor brasileiro, e têm na excelência dos produtos a principal arma de conquista, como a feminina Weill e a masculina Vicomte Arthur.
?Há uma crise em curso na Europa e muitas grifes têm interesse nos países emergentes, precisam de novos mercados?, avalia Dimitri. A origem franco-suíça do rapaz ajuda na hora de fazer essa ponte. ?As empresas preferem negociar com alguém que conhece as duas realidades?, acredita. O desembarque está sendo realizado de forma criteriosa, uma vez que não se trata de marcas já conhecidas dos clientes daqui, ainda que algumas sejam centenárias, como é o caso da Weill.
?O fato de serem francesas não é suficiente para garantir sucesso imediato, há um trabalho de relacionamento e marketing a ser feito?, avalia Dimitri. Para Justos, é preciso criar um desejo pelas marcas, diferentemente do que ocorre com os gigantes do luxo, que não enfrentam esta etapa quando chegam ao Brasil. ?E o objetivo das marcas é vender 100 mil euros por estação?, revela Dimitri, ciente do tamanho da responsabilidade.
A distribuição, que é ponto decisivo neste modelo de negócios, será seletiva. A Weill começa a ser vendida exclusivamente na Daslu a partir de março. Com 150 anos de história, a grife francesa tem numeração generosa, mas os pedidos foram feitos dentro da grade tradicional, mostra de que há chances de emplacar entre as jovens executivas da cidade.
No caso da Vicomte Arthur, marca de moda masculina que patrocina o pólo europeu, trata-se, segundo os jovens empresários, de uma oportunidade de negócio para quem tiver interesse em investir em uma monomarca que é um case mundial. ?Em cinco anos, a marca chegou a 250 lojas e a um faturamento de 50 milhões de dólares?, conta Dimitri. ?Se houver algum grande grupo de moda masculina interessado em investir, essa é a marca do momento?, diz Fabio Justos, em tom de convite.
Também fazem parte da carteira de clientes da Acaju as grifes Twins For Peace, de tênis e camisetas, a Clemence de Gabriac (cuecas), e a Les Petits Joueurs, que já está fazendo o maior sucesso com suas bolsas decoradas com legos. ?Estamos sendo procurados por várias marcas interessadas no mercado brasileiro, como Sonia Rykiel. Também queremos trazer a Acne, uma marca sueca de jeans e streetwear?, adianta Dimitri.
Fonte: Ig
