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11 jul 2012

Indústria apresenta quadro ‘predominantemente negativo’, avalia o IBGE

A indústria apresenta um quadro ?predominantemente negativo? tanto na atividade quanto no emprego, segundo o economista da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Ele fez o comentário ao analisar os resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) de maio, divulgada nesta terça-feira pelo instituto.

Macedo salientou que o menor dinamismo da atividade industrial continuou a derrubar em maio os indicadores de mercado de trabalho industrial. Na avaliação do técnico, não é possível emprego industrial se recuperar enquanto não houver retomada no nível de atividade no setor.  O obstáculo para essa retomada continua a ser uma série de fatores que não foram equalizados em maio, como o alto nível de estoques, a concorrência acirrada com importados e os níveis elevados de inadimplência e endividamento por parte dos consumidores ? o que prejudica a demanda interna.

Esses fatores prejudiciais à retomada tanto da atividade quanto do emprego industrial atingem segmentos, dentro da indústria da transformação, que estão entre os mais intensivos em mão de obra. ?Os setores dentro da indústria da transformação que são destaque negativo no emprego industrial em maio são os mesmos que passam por menor dinamismo na atividade industrial. É o caso das indústrias de calçados, têxtil, de vestuário e de madeira?, afirmou o especialista.

Mais uma vez, por seu peso expressivo no desempenho nacional, São Paulo foi destaque negativo no menor ritmo de contratações. ?São Paulo representa 35% do emprego industrial do país; e 40% da indústria nacional?, lembrou Macedo.

A continuidade da trajetória de queda no emprego industrial se refletiu também na queda de 2,5% no valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria em maio ante abril, a mais intensa nesta comparação desde dezembro de 2010 (-3,0%). ?Se o emprego industrial tem queda, bem como as horas pagas na indústria, não há como isso não se refletir na folha de pagamento?, explicou o economista do IBGE.

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