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1 dez 2011

Gestantes ‘fashion’ estimulam criação de lojas especiais

O corpo na gravidez pede roupas que se ajustem à nova silhueta. De olho nisso, donos de empresas de pequeno porte visualizam um novo nicho: o de roupas diferenciadas para gestantes exigentes. A empresária Vera Moraes, por exemplo, estava grávida e insatisfeita com o que vestia. Em uma de suas viagens aos Estados Unidos, vendo o que o mercado da moda de lá oferecia, começou a importar as peças. Assim nasceu, em 1996, a Mammy Gestante, em São Paulo.


A ideia fez sucesso e a empresária optou por produzir peças no mercado interno com modelagens sofisticadas, sistemas de ajustes, conforto e tecidos de qualidade em linhas para todas as ocasiões: do beachwear à moda noite, passando pelo casual. A marca tem duas lojas na capital paulista, uma no Shopping Iguatemi e outra na Vila Nova Conceição, e, em breve, vai inaugurar mais um ponto.


Atualmente a empresa tem uma produção anual de 12 mil peças e fatura R$ 3 milhões – 80% vindos das vendas nas lojas e 20% dos negócios por atacado para multimarcas de sete estados brasileiros. “Nossa meta é atender todo o Brasil por meio de representantes”, diz Vera.


Outra marca que pretende aumentar as vendas no atacado é a paulista Maria Barriga, dos empresários Renato Vilas Boas e Eliane da Fonseca Vilas Boas. Há planos de expansão segmentados entre a Grande São Paulo e as regiões Sul/Sudeste-Norte/Nordeste, que serão implantados a partir do primeiro semestre de 2012, após adequações estruturais que estão em andamento. Para o varejo, a empresa estuda investimento em uma nova loja na capital paulista, além de um novo site e comércio eletrônico.


A Maria Barriga nasceu em 2003 da vontade de fazer moda para uma grávida que tem prazer em se vestir, unindo sofisticação e bem-estar a um investimento inicial de R$ 200 mil. Hoje, o estilo casual chique da marca está presente em 150 artigos por coleção e pode ser encontrado nas duas lojas próprias em São Paulo, nos bairros de Vila Olímpia e Vila Madalena, totalizando 65% das vendas, e também em mais de 20 revendedores pelo Brasil, com maior representatividade no Sul e no Sudeste.


Além disso, a empresa exporta para Portugal, Angola, Japão e Canadá – esse negócio representa de 1% a 5% do faturamento anual. “A médio prazo, queremos entrar em mercados como Europa e Estados Unidos”, conta Renato.


A Be Mammy, com sede em Jundiaí, interior paulista, comercializa peças apenas pela internet e conquistou uma grande clientela, vencendo uma enorme barreira do segmento: a necessidade que a mulher tem de provar as peças antes de comprar. A empresária Rose Engholm investiu na produção de roupas com um apelo mais atual, com linhas de casual a mais sofisticada.


A loja virtual Be Mammy, é uma das maiores em atividade no Brasil, oferecendo peças com valor médio de R$ 120, sendo o jeanswear o grande destaque. Ela possui serviços de troca em sete dias e não cobra frete. “As vantagens da venda on-line estão na capilaridade, menor custo fixo e velocidade no atendimento”, diz a empresária que pretende alcançar a marca de 50 entregas por dia ainda neste ano.


A marca paulista Zazou também despontou nesse nicho do mercado. Inaugurada em 2001, sob o comando da empresária e estilista Daniela Lobo, a primeira Zazou pour Maman et Bebé visava ser uma loja somente de varejo, mas, com a crescente demanda, diversas multimarcas passaram a comprar por meio de atacado. Hoje a empresa possui 20 representantes espalhados pelo país, atuando nas principais cidades, principalmente as das regiões Sul e Nordeste.


A Zazou também é umas das pioneiras quando o assunto é e-commerce de roupas “descoladas” para gestantes. As vendas na rede começaram em 2004 e atualmente representam 10% da produção anual, com valor