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18 mar 2011

Fiesp criará centro de estudos sobre a China

Conselho Estratégico da entidade avalia que o país asiático merece atenção imediata e que tema deve ser tratado de forma isolada


A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) decidiu criar um Centro de Estudos sobre a China, que irá aprofundar os entendimentos sobre as relações comerciais com o país asiático e propor agendas positivas para o setor produtivo e governo. O tema dominou a primeira reunião do ano do Conselho Estratégico da entidade, nesta quarta-feira (16).

“Nós temos que conhecer profundamente essa questão. Existem oportunidades, desafios e riscos. Mas, até agora, as discussões estão pouco ordenadas. Vamos definir uma estratégia para lidar com a China”, afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.


O grupo será estruturado na Fiesp, que já estuda a questão China há tempo, e contará com representantes de vários setores e também do governo. ?Convidaremos de imediato o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a participarem dessas discussões?, adiantou Skaf.

Antes mesmo da implantação do Centro de Estudos, a Fiesp reunirá aspectos discutidos pelo Conselho Estratégico para dar subsídios ao governo na viagem da presidente Dilma Rousseff à China, prevista para abril. No encontro desta quarta, representantes do Conselho ressaltaram que a China é um país que deve ser estudado de forma isolada, em razão do caráter extremamente peculiar de suas relações comerciais.


Skaf chamou atenção para o modo de atuação dos asiáticos. “O que interessa a eles é comprar matéria-prima do Brasil e nos vender manufaturados”, pontuou. “Estamos sob ataque e temos que nos defender. Os chineses não estão errados, mas o Brasil precisa pensar em seus interesses?, acrescentou.

Novos membros

Cinco novos membros do Conselho Estratégico da Fiesp tomaram posse nesta quarta: Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará; Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores; Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central; Adib Jatene, ex-ministro da Saúde e Marcos de Queiroz Galvão, do grupo Queiroz Galvão. Meirelles foi a única ausência, em razão de compromissos em Brasília


“Sinto-me muito honrado em fazer parte do Conselho. Acho que [o grupo] é bastante interessante e revela o pluralismo da Fiesp, que é o órgão mais importante do setor industrial brasileiro”, declarou Amorim.

Tasso Jereissati afirmou que acha importante trazer um pouco da experiência no parlamento para o grupo: “Hoje falta um projeto para o Brasil, e esse Conselho tem condições de discutir uma grande estratégia para o nosso País.”


Elcio Cabral, Agência Indusnet Fiesp


http://www.fiesp.com.br/agencianoticias/2011/03/16/fiesp_criara_centro_estudos_sobre_china.ntc