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29 mar 2012

Empresa familiar busca mudança na cultura interna


O movimento da Lepper, de deixar de ser tão verticalizada (a empresa tem todas as etapas de transformação industrial do fio até o produto final dentro de sua estrutura produtiva), é tardio em relação ao que outras companhias do setor já vêm fazendo há mais tempo. Para a vice-presidente Gabriela Carneiro de Loyola, houve uma demora porque foi necessário alterar a cultura da organização.


“Está tarde, mas uma empresa familiar tem essa cultura de que tudo tem que ser feito internamente. Toda vez que se tentava abrir um pouco algum processo para terceiros, havia essa cultura de que o que era feito em casa era melhor. A ideia era verticalizar. Mas isso passou. Agora, o processo é o de olhar para fora”, disse ela, que representa a terceira geração à frente dos negócios. Na presidência está sua irmã Maria Regina Loyola Alves.


O presidente do Conselho, Henrique Loyola, já vinha alertando, há cerca de quatro anos, que a Lepper precisava ser uma distribuidora acima de tudo, atendendo ao mercado de cama, mesa e banho. “Mas entre querer e fazer, foram alguns anos. Não se muda uma cultura em pouco tempo”, diz Gabriela.


Um exemplo prático dessa mudança veio em 2011, quando a empresa decidiu que não mais construiria uma nova instalação, mudando para uma nova planta em Joinville (SC). ” Há seis anos começou um projeto de saída do centro da cidade. Mas decidimos, no ano passado, que vamos apenas melhorar as instalações onde a Lepper está e investir em terceirização. Há uma superoferta de tecidos no Brasil e no mundo, por que vamos investir nisso se tem quem nos vai oferecer?”, questiona a empresária.


Por enquanto, a Lepper não tem planos de investimento em varejo próprio, como outras empresas do segmento já começaram a fazer. (VJ)


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